Prisioneiros palestinos liberados de prisões israelenses em ônibus da Cruz Vermelha. Foto: John Wessels/AFP

Palestinos liberados de prisões israelenses após acordo de cessar-fogo com o Hamas relatam que foram mantidos em condições horríveis na Cisjordânia. Um ônibus com 90 pessoas foi recebido neste domingo (19) por grandes multidões, que agitavam bandeiras e aplaudiam.

“Eu deixei o inferno e agora estou no céu, estamos fora de lá”, afirmou Abdelaziz Atawneh, um dos presos liberados, à agência de notícias Reuters. Ele afirma que os palestinos eram agredidos pelos israelenses, que ainda usavam gás lacrimogêneo na direção deles.

“Não nos trataram bem, não havia boa comida, nenhum tratamento médico. Eu tinha sintomas de derrame, líquido ao redor do coração e também pressão arterial. Eu não tinha medo das doenças, estava preocupado de que minha família soubesse que eu estava doente”, contou.

Palestinos voltam a Rafah após aprovação de cessar-fogo. Foto: AFP

A expectativa é que Israel liberte mais prisioneiros palestinos nas próximas semanas e a maioria das pessoas soltas neste domingo eram mulheres e adolescentes. Rose Khwais, palestina de 18 anos, afirmou que os guardas da prisão israelense tratavam as pessoas “como animais”. “Saímos das celas como galinhas e depois fomos devolvidos a elas”, contou.

O cessar-fogo entre Israel e Hamas passou a valer na manhã deste domingo (19) após 15 meses da guerra. A primeira fase do acordo deve durar seis semanas e prevê a liberação de 33 reféns e mil palestinos, além da entrega de 600 caminhões com ajuda humanitária em Gaza.

Futuramente, áreas da Faixa de Gaza serão liberadas pelo exército israelense, que deixarão as regiões mais populosas, além dos corredores Filadélfia e de Netzarim, pontos estratégicos da região.

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Last Update: 20/01/2025