A manifestação de defesa do general Walter Braga Netto, preso desde dezembro de 2024, será apresentada nesta sexta-feira (7) ao Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo ao prazo de 15 dias estabelecido pelo ministro Alexandre de Moraes.
A delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será um dos principais focos da defesa do militar no inquérito do golpe de Estado, de acordo com a colunista Bela Megale, do Globo.
A defesa de Braga Netto também irá questionar a atuação de Moraes na delação de Cid. Um dos principais argumentos será que a participação do ministro na audiência teria “extrapolado o permitido pela lei”.
A tese segue a mesma linha da defesa de Bolsonaro.
Em entrevista à GloboNews, o advogado do ex-presidente, Celso Vilardi, questionou: “O ministro marcou uma audiência para salvar a delação. Pode isso? O juiz da causa pode dizer para o colaborador que se ele não falar a verdade ele vai ser preso e perde a imunidade para a sua filha, para sua mulher e para o seu pai? O juiz pode fazer o papel de instrução no processo acusatório?”.
No entanto, Moraes mencionou a possibilidade dos familiares de Cid perderem a imunidade concedida pela delação ao ler, na audiência, os benefícios que o próprio tenente-coronel pleiteou em seu acordo.
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