No 1º de Maio, comemoramos as lutas e sacrifícios da classe trabalhadora por uma vida sem pobreza, guerras e exploração. Damos continuidade às grandes lutas do período anterior e respondemos à política criminosa dos governos burgueses, das uniões imperialistas e do capital.
Este ano, a greve do 1º de Maio adquire um significado especial, pois ocorre em um ambiente de guerras e preparativos de guerra por parte da UE, da OTAN e de seus rivais China e Rússia — com a classe trabalhadora sendo novamente vítima dessa política criminosa.
Ao mesmo tempo em que a OTAN exige 5% do PIB para gastos militares e a UE anuncia um pacote de 800 bilhões de euros para as indústrias de guerra, é um insulto nos dizerem que não há dinheiro para salários, educação e saúde! Enquanto os grupos empresariais registram lucros recordes, é um desafio exigirem que a classe trabalhadora pague por suas guerras comerciais, tarifas dos EUA e retaliações da China.
Em nossa época, com os avanços tecnológicos e científicos como o desenvolvimento do 5G e da inteligência artificial, com o imenso potencial produtivo e da força de trabalho humana, não aceitamos viver e trabalhar em condições medievais. Podemos mudar nossas vidas por meio da luta e do confronto contra os lucros da burguesia.
Desde Chicago em 1886 até hoje, a luta pela jornada de trabalho de 8 horas permanece mais atual do que nunca. Assim como naquela época, os patrões, seus Estados e governos querem que trabalhemos conforme e quando seus lucros exigirem. Legislam, por um lado, jornadas intermináveis, o corte de dias de descanso e, por outro, o trabalho parcial, contratos de zero hora e uma série de contratos precarizados, conforme os interesses do capital em cada momento, país e setor. Enquanto isso, em vários países, trabalhadores são demitidos e até mesmo o trabalho infantil é explorado.
Não abaixamos a cabeça, não recuamos, não nos conformamos com a barbárie da exploração capitalista, com guerras, refugiados e pobreza. Os povos nada têm a esperar das mudanças de governos que servem aos interesses do capital. A solução para a exploração capitalista, que espalha miséria, guerras e pobreza, está em nossa luta contra os patrões e seus mecanismos.
Agora precisamos fortalecer nossa luta por meio de nossos sindicatos, por acordos coletivos e negociações coletivas entre trabalhadores e empregadores. Tudo o que a classe trabalhadora conquistou foi com duras lutas e com o sangue de nossa classe — não permitiremos que tirem isso de nós! Defendemos a jornada de 8 horas por dia e lutamos por sua redução, com base nas características de nosso tempo. Exigimos trabalho permanente e estável para todos, com aumento de salários, e lutamos por acordos coletivos em todos os setores e países.
Nós, jovens trabalhadores do mundo todo, não aceitamos viver pior do que nossos pais e avós. Lutamos contra os lucros de poucos que esmagam nossas vidas e nosso futuro! Convidamos todos os jovens trabalhadores que ainda não deram esse passo a se aproximarem e se filiarem aos seus sindicatos. Pois somente por meio da luta coletiva podemos construir um futuro melhor, à altura de nossas necessidades.