Uma pesquisa realizada pela Datafolha constatou que pouco mais da metade da população brasileira (51%) consomem bebidas alcóolicas, enquanto 49% se declaram abstêmios.
E, entre os que ainda fazem uso frequente de álcool, 53% afirmaram que o consumo diminuiu no ano passado. Para outros 12%, houve aumento de consumo. Por fim, para 35%, o hábito se manteve o mesmo desde 2024.
A pesquisa foi realizada entre 8 e 11 de abril, com 1.912 pessoas maiores de 18 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Sobre a frequência do consumo, 13% afirmaram que ingerem bebidas alcoólicas uma vez por mês ou menos. Para 10%, a frequência é quinzenal, enquanto 20% afirmaram que bebem duas vezes por semana.
Outros 3% disseram que consomem álcool até quatro vezes por semana, enquanto 3% admitem recorrer à bebida diariamente.
Em relação ao volume, 18% dos entrevistados admitiram beber em excesso.
Tendência
Dados da consultoria Gallup, publicados em 2023, indicam que a redução do consumo de bebidas alcoólicas é uma tendência mundial.
No Brasil, a Datafolha constatou que o principal motivo para se manter abstêmio apontado pelos entrevistados é a saúde (34%), seguido de desaprovação do sabor (21%) e questão religiosa (13%) Casos de dependência na família (8%), medo de dependência (7%), e desagrado com o comportamento de bêbados (7%) também integram a lista de motivos para se manter sóbrio.
O hábito de beber também se mostrou ser cada vez mais elitizado. Entre as famílias com renda de até dois salários mínimos, 43% fazem uso da droga lícita. Já entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos, o percentual sobe para 64%. E entre os mais ricos, com renda superior a dez salários mínimos, 59% consomem álcool com alguma frequência.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há estudos que garantam uma quantidade segura de consumo. No entanto, a comunidade médica aponta que a ingestão de bebidas alcoólicas é um fator de risco para hipertensão, depressão e câncer.
Levantamentos apontam ainda que os gastos públicos para tratar problemas relacionados ao consumo de álcool chegam a R$ 1,1 bilhão por ano.
*Com informações da Folha de S. Paulo.
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