O ex-chefe da Lava Jato Deltan Dallagnol está usando a acusação do coach picareta Pablo Marçal contra Guilherme Boulos, chamando-o de usuário de drogas, para vender um “curso” e fazer circular a difamação do canalha contra o psolista.
“Pablo Marçal cometeu algum crime ao indicar que Boulos usa drogas? E replicar o vídeo do gesto do Pablo Marçal é crime? No meu curso Mapa Político da Luta pela Liberdade eu te ensino como analisar esse caso”, diz Dallagnol.
O ex-deputado chega a imitar o gesto da “cafungada” de Marçal duas vezes num vídeo postado em suas redes.
Pablo Marçal cometeu algum crime ao indicar que Boulos usa drogas? E replicar o vídeo do gesto do Pablo Marçal é crime?
No meu curso Mapa Político da Luta pela Liberdade eu te ensino como analisar esse caso.
É um ambiente de ensino onde você aprenderá os limites da liberdade…
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) August 10, 2024
Na última sexta-feira (9), a Justiça Eleitoral de São Paulo ordenou que Marçal (PRTB) remova das redes sociais quaisquer publicações que vinculem Guilherme Boulos ao consumo de entorpecentes. O juiz Rodrigo Marzola Colombini, ao conceder a liminar, destacou que os vídeos postados por Marçal são “puramente difamatórios para com o autor, sem nenhuma relevância político-eleitoral”. Foi estipulado um prazo de 24 horas para que os links fossem retirados do Facebook, X, TikTok e Instagram.
A ação judicial partiu da campanha de Guilherme Boulos. Segundo a defesa de Boulos, Marçal “criou e disseminou fake news durante um debate na TV Bandeirantes e em publicações feitas em redes sociais na madrugada de quinta para sexta-feira”.
A petição apresentada ao TRE-SP acusou Marçal de persistir em seu comportamento difamatório em uma entrevista após o debate, além de espalhar as falsidades em suas plataformas digitais. Adicionalmente, os advogados de Boulos protocolaram uma notícia-crime na Justiça Eleitoral da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo.
Marçal possui um histórico criminal vasto, tendo sido condenado em 2010 por furto qualificado devido à sua participação, aos 18 anos, em um grupo especializado em fraudes digitais. Apesar da condenação, ele não cumpriu pena de prisão.