No dia 3 de junho de 2024, a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP) votava o projeto do governo de Ratinho Júnior que privatizou a gestão das escolas públicas do estado. Diversos manifestantes ocuparam a ALEP para barrar a votação do projeto e receberam o tratamento de sempre do Estado: repressão e aprovação à toque de caixa do projeto, mesmo com a ALEP ocupada.
Os servidores técnico-administrativos da UFPR (Universidade Federal do Estado do Paraná), UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná ) e UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) estavam em greve desde o dia 11 de março, reivindicando reajuste salarial, melhoria na estrutura da carreira e pelo fim dos cortes do orçamento das universidades federais. Após deliberação no comando de greve, juntaram-se à manifestação dos professores de estado do Paraná para um ato unificado em defesa da educação pública.
Resultado da repressão policial foi a prisão de dois manifestantes durante o ato, um deles foi Pedro, militante do PSTU-Curitiba e técnico da UFPR. A prisão de Pedro foi política, tendo unicamente o objetivo de perseguir quem luta a fim de dissuadir outros manifestantes. Exemplo mais evidente da arbitrariedade de sua prisão é que, mesmo com milhares de manifestantes ocupando a ALEP naquele dia, ele e mais uma professora foram os únicos presos.
Não bastasse a prisão, Pedro ainda ficou a mercê do processo penal. O judiciário burguês também é instrumento político de repressão aos movimentos sociais. Mesmo com acusações esdrúxulas, não há qualquer garantia de imparcialidade ou de justiça para quem luta. Por esse motivo, Pedro decidiu fazer um acordo com o Ministério Público, evitando o processo penal e uma possível condenação, optando por pagar uma multa de R$ 2 mil.
Pedro, que estava ativamente participando da greve da sua categoria, foi para o ato chamado pelo comando de greve e pelo SINDITEST-PR (Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná ). Contudo, desde sua prisão o sindicato pouco ajudou.
No dia de sua prisão, a diretoria do sindicato só disponibilizou uma advogada para auxiliar na sua liberdade após insistência da base e dos companheiros do PSTU. Após a liberação de Pedro, mesmo o sindicato sabendo que ainda haveria o processo e falando que estava “acompanhando” e se “disporia a ajudar”, não acompanhou. Mais importante, a diretoria do SINDITEST-PR se comprometeu a pagar as custas com advogado e até agora não o fez.
Mesmo com inúmeras cobranças, a diretoria do SINDITEST-PR só dá desculpas. Fala que “não sabia” da situação, ou que vão pautar em reunião (que nunca dizem quando será). Em uma última tentativa, foi enviado um ofício ao sindicato no dia 25 de junho, pedindo uma resposta em até 48 horas, pois o pagamento da multa venceria naquela sexta-feira. O SINDITEST-PR não respondeu e seus diretores não respondem mais qualquer contato sobre este assunto.
Por esse motivo, decidimos lançar uma vaquinha para ajudar o camarada Pedro para pagar as custas da multa e da advogada (no total de R$3.500). Pedro não deve ser punido por lutar, e ainda mais por seu sindicato ter sido omisso em amparar um membro que estava lutando durante atividade de greve.
Ajude o Pedro com qualquer valor no PIX: [email protected]