O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL). Foto: Isac Nóbrega/PR

A cúpula do PL teve que intervir para amenizar o climão entre a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pouco antes de a parlamentar fugir do Brasil, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Membros do partido procuraram Bolsonaro e pediram que ele se abstivesse de fazer críticas públicas a Zambelli. A solicitação ocorreu após ela ser condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A condenação foi confirmada por unanimidade na última sexta-feira (6).

Bolsonaro havia feito críticas públicas à deputada, inclusive apontando Zambelli como uma das responsáveis por sua derrota para o presidente Lula (PT) em 2022. Isso ocorreu após ela perseguir armada um homem negro pelas ruas de São Paulo nas vésperas das eleições. Ela ainda responde a um processo por esse episódio.

Após os apelos de líderes do PL, como o líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante, o ex-capitão concordou em não atacar publicamente Zambelli e em se manter em silêncio sobre o caso.

A situação mudou quando Zambelli fugiu do Brasil. Bolsonaro e seus filhos passaram a se distanciar da deputada, demonstrando irritação com as comparações feitas entre ela e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos atuando junto ao governo de Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes.

Na última quinta-feira (5), após depor à Polícia Federal (PF) no inquérito que apura a atuação de Eduardo nos EUA, o ex-presidente disse a jornalistas que não tem relação com Zambelli e que não fez nenhuma doação a ela via Pix.

“Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli, não botei dinheiro no Pix dela, tá certo? Realmente acompanhei pela imprensa o caso dela”, afirmou Bolsonaro.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 07/06/2025