A passagem de Donald Trump (foto/reprodução internet) pelo G7 no Canadá foi breve, barulhenta e, como se tornou habitual, improdutiva. Sua saída antecipada esvaziou um fórum já esvaziado por si mesmo. Nenhum avanço com Japão ou Austrália, e uma declaração final constrangida, que pede “distensão” no Oriente Médio sem dizer o nome do conflito. O recado, no entanto, veio nas entrelinhas: Trump flerta com apoio aberto a Benjamin Netanyahu contra o Irã e desafia o consenso ocidental ao defender o retorno da Rússia e até a entrada da China no grupo. Os grandes temas como os ligados ao comércio, segurança, IA, foram soterrados pela geopolítica à moda Trump. Com o presidente Lula de figurante e aliados perplexos, o G7 mostrou, mais uma vez, que perdeu o roteiro e, talvez, o propósito.
