Mais de 100 mil pessoas participaram nesta quarta (4) de uma homenagem ao líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, no cemitério de Santa Ifigenia, em Santiago de Cuba. O evento marcou os oito anos da morte do comandante e contou com a presença de autoridades, militantes e moradores da cidade.
A cerimônia foi liderada por Beatriz Johnson, primeira-secretária do Partido Comunista de Cuba (PCC) na província, e pelo governador Manuel Falcón, além de representantes das Forças Armadas Revolucionárias e do Ministério do Interior. Flores brancas foram depositadas diante do jazigo que guarda as cinzas de Fidel. O gesto é simbólico em Cuba.
Santiago de Cuba foi descrita por Fidel como sua “última morada” e voltou a ser palco de uma peregrinação que reuniu milhares de cubanos. A marcha pela Avenida Pátria até o cemitério relembrou o cortejo que, em 2016, acompanhou as cinzas do líder revolucionário após sua morte, no dia 25 de novembro, aos 90 anos.
O túmulo de Fidel, simples e sem inscrições com datas de nascimento ou morte, reforça a mensagem de que seu legado transcende o tempo. Para os cubanos, ele permanece vivo como símbolo de justiça social e resistência, inspirando movimentos em todo o mundo.
A homenagem também reafirma a forte ligação entre Fidel e a cidade que desempenhou um papel central na história da Revolução Cubana. “É uma maneira de reafirmarmos que o caminho que ele abriu continua sendo o nosso norte”, declarou uma participante da cerimônia à imprensa.
A data não é apenas uma lembrança de Fidel, mas um momento para refletir sobre sua influência na história contemporânea e na identidade nacional cubana. Enquanto as tensões políticas e econômicas continuam a desafiar a ilha, a figura do comandante em chefe segue como referência para a luta por soberania e igualdade.
