Na tarde desta sexta-feira (27), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) marcou presença em um grande ato na Avenida Paulista, em frente ao MASP, para denunciar o desmonte dos serviços públicos em curso no estado de São Paulo. A manifestação reuniu centrais sindicais, movimentos sociais e trabalhadores de diversas categorias, em protesto contra a política de privatizações implementada pelo governo Tarcísio de Freitas.
Após a privatização da Sabesp — duramente criticada por sindicatos e entidades populares —, o governo agora mira outros setores essenciais como o Metrô, a CPTM, hospitais, escolas e até parques públicos. Para os manifestantes, trata-se de um projeto deliberado de entrega do patrimônio do povo ao capital privado, com foco no lucro em detrimento da qualidade e do acesso universal aos serviços.
“O projeto é claro: desmontar o que é do povo e entregar tudo ao lucro do capital. E quem mais sofre com isso é o povo pobre, que depende dos serviços públicos para viver com dignidade”, afirmaram representantes da CTB durante o protesto.
Renê Vicente, presidente da CTB-SP, destacou os impactos já sentidos após a venda da Sabesp e alertou para os riscos de novas privatizações. “A Sabesp foi privatizada, infelizmente. Nós travamos uma das maiores batalhas aqui em defesa do serviço público, do saneamento público, mas o governo Tarcísio insistiu e privatizou. A população já sente no bolso: nas periferias, houve aumento da tarifa, precarização no atendimento e sucateamento dos serviços”, afirmou.
Segundo Renê, mais de 2.040 trabalhadores qualificados estão sendo dispensados, enquanto os serviços são cada vez mais terceirizados. “A tendência é que esses serviços sejam prestados com qualidade cada vez pior e a um custo cada vez maior para a população”, acrescentou.
O dirigente também alertou para o avanço da privatização no setor da saúde. “A privatização do sistema de saúde, dos hospitais, também vai prejudicar o trabalhador e a trabalhadora, o cidadão e a cidadã, em todo o estado de São Paulo. Afinal, é esse povo que mais precisa de serviços públicos de qualidade.”
A CTB reforça a importância da unidade entre as centrais sindicais, movimentos populares e organizações da sociedade civil para resistir à ofensiva neoliberal e construir um projeto de estado comprometido com os direitos do povo e a valorização dos serviços públicos.
