A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) completou 17 anos na última quinta-feira (12), comemorados na sede da entidade em São Paulo (SP). Nestas quase duas décadas de fortalecimento pelos direitos trabalhistas e da luta sindical, a entidade demarcou posição sólida na defesa da democracia e por justiça social.
A celebração ocorreu durante a 10ª Reunião da Direção Nacional, que começou na quarta (11) e terminou nesta sexta (13). O encontro teve como destaque a convocação do 6º Congresso Nacional da CTB, previsto para ocorrer em agosto de 2025.
Ao final da reunião os sindicalistas aprovaram uma Resolução Política e um Plano de Lutas, que revelam os pontos que a entidade deverá focar no próximo período. Entre eles destaca-se a Campanha Nacional pelo Fim da Escala 6X1 e Redução da Jornada de Trabalho para 36 horas semanais, assim como a defesa da ampliação da faixa de isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5 mil e o consequente aumento das alíquotas sobre remunerações acima de R$ 50 mil, entre outros fundamentais temas para a sociedade brasileira.
Debates e comemoração
No primeiro dia de evento, que reuniu mais de 100 dirigentes de todo o Brasil, aconteceu o Seminário Internacional “A resistência sindical em tempos de crise” com a participação de Solly Phetoe, secretário-geral da COSATU (Congresso Sul-Africano de Sindicatos), e João Barreiros, secretário de Relações Internacionais da CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional). No mesmo dia foi realizado o seminário “Comunicação e Disputa de Ideias” pela coordenadora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br), Renata Mielli.
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Na quinta, os sindicalistas promoveram uma análise de conjuntura da política internacional com Pampys Kiritsis, secretário-geral da FSM (Chipre), Benigno Pérez, cônsul-geral de Cuba em São Paulo, e José Reinaldo, presidente do Cebrapaz.
No encerramento do dia foi comemorado os 17 anos da CTB, período de existência no qual reuniu 1.432 sindicatos e 1,6 milhão de trabalhadores na sua base, o que lhe confere a posição de segunda maior central sindical do Brasil.
De acordo com Adílson Araújo, presidente nacional da CTB, a entidade trouxe para este momento comemorativo a oportunidade de atualizar a situação política internacional, aprofundando o debate sobre este momento complexo e conturbado que o mundo enfrenta, especialmente em decorrência das guerras, crises econômicas e recessões: “Todos esses fatores têm repercussão e impacto na vida do povo, e no caso particular do Brasil, são alimentados por uma polarização ainda presente na sociedade”, diz.
“Entendemos que é um momento de congraçamento, mas também de aprovar um plano de luta e resistência para que possamos efetivamente lutar por um Brasil