Em defesa dos direitos trabalhistas e da unidade da classe trabalhadora, a CTB Alagoas realizou neste sábad (07), seu 6º Congresso Estadual, em Maceió. O encontro reuniu trabalhadoras e trabalhadores organizados em seus sindicatos, além de representantes de entidades políticas e sociais, para debater os desafios do sindicalismo diante da desvalorização do trabalho e da criminalização dos direitos conquistados.
A mesa de abertura foi composta por representantes da CTB, da União Brasileira de Mulheres (UBM), da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas (SRTE-AL), da Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O tom comum entre as falas foi o chamado à unidade da classe trabalhadora e à defesa intransigente dos direitos sociais.
Abrindo o Congresso, o presidente da CTB-AL, Sinval Costa, destacou a tese central do evento: a necessidade de unidade da classe trabalhadora como caminho para a transformação social e a construção do socialismo no Brasil.
Naldo Freitas, presidente do PCdoB-AL, apontou o avanço do terrorismo e da guerra como expressões brutais do capitalismo contemporâneo, e defendeu o socialismo como alternativa às desigualdades estruturais do sistema.
Representando a Selaj, o secretário especial Charles Hebert, que também é árbitro de futebol, saudou os participantes e enfatizou a importância da organização nas bases sindicais como ferramenta para ampliar conquistas e enfrentar práticas antissindicais cada vez mais frequentes.
A presidenta da UBM em Alagoas, Daiane Correia, fez um chamado à mobilização das mulheres trabalhadoras, denunciando as desigualdades de gênero no mundo do trabalho. Defendeu a urgência da redução da jornada, especialmente para as mulheres, que acumulam dupla e até tripla jornada.
Cícero Filho, superintendente regional do Trabalho e Emprego e ex-carteiro, compartilhou conquistas históricas do movimento sindical, como o direito ao protetor solar para trabalhadores expostos ao sol. Em sua fala, alertou para a nova roupagem da escravidão no mundo do trabalho, criticou a demonização da CLT e reforçou a importância de uma luta de classe, e não apenas por categorias.
Após a abertura, a mesa de trabalho foi conduzida pelo presidente Sinval Costa, pelo vice-presidente Maurício Sarmento e pelo professor Carlos Eduardo Muller, dirigente do núcleo da CTB na Adufal (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas). O trio apresentou o balanço da gestão, analisou a conjuntura nacional e conduziu a eleição da nova diretoria da Central, aprovada por unanimidade. Também foram eleitos os dois delegados que representarão a CTB-AL no congresso nacional da entidade: Sinval Costa e Dilson Tenório, presidente do Sintep-AL.
O Congresso foi encerrado com a fala de Sinval Costa, reeleito presidente da CTB Alagoas. Ele celebrou o fortalecimento da Central no estado, destacando como avanço a filiação de novos sindicatos e a reafirmação do compromisso com a luta por justiça social e soberania nacional.