O deputado federal Lindbergh Farias. Foto: Divulgação

O deputado federal Lindbergh Farias usou as redes sociais neste domingo (7) para criticar o discurso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante ato bolsonarista na avenida Paulista. O parlamentar afirmou que ele “cruzou o Rubicão” ao atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro e de seus aliados.

Na publicação, Lindbergh destacou que a fala de Tarcísio não pode ser tratada como uma simples crítica política. “Na Paulista, bradou: ‘Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como o Alexandre de Moraes’. Não é crítica política, mas um ataque frontal ao STF, que pode configurar coação no curso do processo, por tentativa de intimidar o ministro relator no meio do julgamento de Jair Bolsonaro e demais golpistas”, escreveu o petista em seu perfil no X.

O deputado acusou o governador de manipular uma declaração do ministro André Mendonça. Tarcísio citou a frase “o bom juiz deve ser reconhecido pelo respeito e não pelo medo” para reforçar suas críticas a Moraes, o que Lindbergh classificou como um gesto de cinismo. Segundo ele, a distorção teve como objetivo enfraquecer o Supremo e, ao mesmo tempo, fortalecer o coro pela anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.

Ele também afirmou que o governador atua mais como defensor do ex-presidente Bolsonaro do que como chefe de Estado. “Tarcísio não age como governador, mas como advogado de Bolsonaro. Quem ataca ministros e defende anistia para conspiradores não luta por liberdade: legitima o crime, sabota a Justiça e abre caminho para novos atentados contra a democracia”, escreveu o parlamentar.

O ato na avenida Paulista reuniu apoiadores do ex-presidente, com bandeiras, cartazes e gritos em defesa da anistia. Tarcísio, no palco principal, disse que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes” e direcionou críticas duras ao Supremo Tribunal Federal.

Em outro trecho do discurso, o governador defendeu o pastor Silas Malafaia, que teve o passaporte e um caderno de sermões apreendidos pela Polícia Federal em agosto, por ordem de Moraes. “Devolvam o passaporte do pastor Silas Malafaia. Devolvam o caderno de sermões. Não é justo tomar isso de um sacerdote”, declarou Tarcísio.

Além disso, ele acusou o Supremo de impor uma “ditadura de um Poder sobre o outro” e apelou ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que coloque em votação o projeto de anistia. “Deixe a Casa decidir. Tenho certeza de que ele vai fazer isso”, afirmou.

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Last Update: 07/09/2025