Cronologia sintomática 

A cronologia dos atos sugere um padrão de manobras e concessões, o jornalista Carlos Andreazza faz uma crítica perspicaz sobre as dinâmicas políticas e orçamentárias atuais e expõe barganhas consolidadas. Para ele, o ministro Flávio Dino (foto/reprodução internet) suspendeu pagamentos de emendas em agosto, quando eram inviáveis, e mais uma vez em 23 de dezembro de 2024, logo antes do recesso do Congresso, após a aprovação do pacotinho fiscal pelo governo. A liberação das emendas, feita em 2 de dezembro, ocorreu em um contexto, onde a Lei Complementar 210 desafiava decisões do Supremo. Só pode ser suspenso de novo o que fora liberado. 

Para o jornalista, “a ação de Dino se alinhou, naquela oportunidade, às pressões do governo Lula para garantir apoio legislativo. Porém, faltam fundamentos jurídicos sólidos para tal suspensão, o que ressalta a tensão entre a política e a legalidade. O orçamento secreto oculta interesses reais, que vão além dos parlamentares, revelando um sistema complexo de patronagem, o que culmina em um início de ano imerso em incertezas financeiras”. Andreazza conclui, que “como uns não confiam nos outros, o Parlamento fez um seguro-dino e deixou pendente a votação do Orçamento da União. Tudo vai se acertar. Apenas custará caro – para você. Ano que começa sem Orçamento mostra já na largada o seu preço”.

Artigo Anterior

MP instaura procedimento para apurar queda de avião em Ubatuba

Próximo Artigo

Musk planeja derrubar governo britânico antes da eleição, diz Financial Times

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!