Os croatas começaram, neste domingo 29, a votar para eleger o seu presidente para os próximos cinco anos, uma disputa na qual o atual chefe de Estado, crítico do governo, é o grande favorito.
Zoran Milanovic, do Partido Social Democrata (SDP), está à frente dos outros sete candidatos nas pesquisas, com 37% das intenções de voto.
Ele enfrentará Dragan Primorac (20% das intenções de voto), apoiado pelo primeiro-ministro Andrej Plenkovic, no segundo turno em 12 de janeiro.
As eleições ocorrem em um contexto de alta inflação, corrupção generalizada e escassez de mão de obra.
O presidente da Croácia é o chefe das Forças Armadas e o representante internacional do país de 3,8 milhões de habitantes, membro da União Europeia e da Otan.
Embora tenha poucos poderes, os croatas veem o presidente como garantia do equilíbrio político.
Para Nenad Horvat, eleitor de Zagrebe, o atual presidente é “a última barreira para evitar que todas as alavancas do poder caiam nas mãos do HDZ”.
Durante a campanha, os dois principais candidatos trocaram insultos e provocações.
Primeiro-ministro de 2001 a 2015, Milanovic é um dos políticos mais populares do país. Ele prometeu uma Croácia “progressista, moderna e aberta” no início do seu atual mandato e agora usa uma retórica populista e ofensiva.
Ele denuncia a agressão russa contra a Ucrânia, mas também critica a ajuda militar ocidental a Kiev.
A Croácia forneceu à Ucrânia auxílio, inclusive militar, no montante de 300 milhões de euros.
As pesquisas de boca de urna serão publicadas assim que os locais de votação fecharem, às 19h (15h no horário de Brasília).
