Críticos sociais Tarcísio, Derrite e Hipócritas condenam abuso de autoridade: ‘Ninguém tem o direito de atirar por trás ou jogar alguém da ponte’.

Os bolsonaristas Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do estado. Foto: Reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, criticaram a atuação dos policiais militares envolvidos no assassinato de um homem negro e no arremesso de um homem de ponte. Hipócritas, os dois bolsonaristas têm passado pano para violência de agentes nos últimos tempos.

Em post no Twitter, o governador afirmou que os agentes envolvidos nos casos “não estão à altura de usar essa farda”. “A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição que preza, acima de tudo, pelo seu profissionalismo na hora de proteger as pessoas. Policial está na rua pra enfrentar o crime e pra fazer com que as pessoas se sintam seguras”, afirmou.

“Aquele que atira pelas costas, aquele que chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, evidentemente não está à altura de usar essa farda. Esses casos serão investigados e rigorosamente punidos. Além disso, outras providências serão tomadas em breve”, prosseguiu.

O policial militar Vinícius de Lima Britto matou Gabriel Renan em novembro numa unidade do mercado Oxxo em São Paulo. Foto: Reprodução

Os casos citados pelo governador são a execução do jovem Gabriel Renan (26), sobrinho do rapper Eduardo Taddeo (ex-membro do grupo Facção Central), que foi morto pelas costas por um PM em novembro, e um policial que jogou um homem do alto de uma ponte na Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, nesta segunda.

Mais cedo, Derrite afirmou que os casos “mancham” o legado da PM. “Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição”, escreveu o secretário.

Apesar das promessas de punição, o governo de São Paulo promoveu uma medida em julho para blindar PMs criminosos. Em boletim interno, a Secretaria de Segurança Pública do estado mudou as regras sobre o afastamento de policiais suspeitos de cometer crimes como agressão, corrupção ou adulteração de cena de crime.

PM atira homem de ponte em Carapicuíba, Grande SP. Foto: Reprodução

Com a nova norma, apenas o subcomandante da PM e homem de confiança de Derrite, José Augusto Coutinho, poderá afastar os suspeitos das ruas. O próprio secretário já foi investigado por 16 homicídios em operações policiais.

Entre janeiro e outubro de 2024, as polícias Civil e Militar de São Paulo mataram 676 pessoas, uma alta de 66% na comparação com o mesmo período no ano passado. O número já supera os anos inteiros de 2021, 2022 e 2023.

O próprio governador também já minimizou denúncias de violência policial. Em março deste ano, ao ser questionado sobre críticas de entidades de direitos humanos e da Ouvidora das Polícias após operações na Baixada Santista que mataram 39 pessoas até o início de fevereiro, ele afirmou: “O pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta que eu não estou nem aí”.

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