Os deputados federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Mário Frias (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS) destinara R$ 860.896 em verbas para um documentário produzido por ex-integrantes da Secretaria Especial de Cultura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A produção, intitulada “Genocidas”, recebeu o valor entre os dias 7 e 11 de fevereiro, segundo o Portal da Transparência.
Segundo o UOL, a verba é do Ministério da Cultura. Eduardo destinou R$ 500 mil, Frias alocou R$ 180 mil e Pollon, R$ 100 mil. As emendas foram enviadas à associação Passos da Liberdade, empresa criada em 2008, mas que só publicou seu único vídeo no canal do YouTube no ano passado.
A empresa se descreve como uma associação com “conexões globais” que está “diretamente envolvida em iniciativas culturais e documentais que destacam histórias de resiliência e transformação social”.
O CNPJ foi sediado em Porto Alegre (RS) por Rodrigo Cassol Lima, ex-número 2 da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Cultural no governo Bolsonaro. O órgão era subordinado à Secretaria de Cultura, chefiada por Mário Frias à época.
O orçamento para o filme inclui passagens e hospedagens por países como Armênia, Hungria, Itália, Rússia, Alemanha e Polônia. A sinopse, enviada ao ministério, diz que o ministério vai “explorar e correlacionar os horrores dos genocídios históricos na Europa com fatos contemporâneos na América Latina”.
Vale lembrar que os parlamentares bolsonaristas são críticos da Lei Rouanet, que incentiva a produção cultural no Brasil, e dizem que os recursos não são enviados de maneira transparente. Nenhum deles se manifestou sobre os repasses ao ex-assessor de Frias.
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