A continuidade do ministro Carlos Lupi (Previdência Social) no cargo passa por avaliação política. Nesse sentido, a decisão sobre se ele segue ou sai da chefia do Ministério não deve se embasar apenas na análise sobre se Lupi tem ou não culpa na crise da fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Esse é o entendimento do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tratou do tema na chegada ao ato em comemoração do Dia do Trabalhador, neste 1º de maio, em São Paulo.

“A continuidade de um ministro,  muitas vezes, passa pela avaliação política, não simplesmente se o ministro tem culpa ou não tem culpa”, sintetizou Marinho. “Você pode ter uma situação política de ausência de sustentabilidade ou manutenção da sustentabilidade”, complementou.

Para o chefe do Ministério do Trabalho, “as diretrizes e determinação do presidente Lula, da instância do governo, são para apurar e resolver”.

Portanto, segundo Marinho, “o ministro Lupi tem as ferramentas agora, com a nova gestão do INSS, para poder tomar as decisões, fazer as correções de rota e dar garantia à sociedade”.

Marinho descartou a ideia de que a atual crise no órgão pudesse arrefecer as chances de reeleição de Lula na eleição de 2026. “O governo está demonstrando o seguinte: que vai tratar com rigor e vai solucionar o problema”, resumiu. “Todas as providências necessárias serão tomadas para dar segurança a todos os trabalhadores que o INSS vai dar conta do recado”, afirmou.

A crise no INSS teve início depois que uma investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou a existência de fraudes em descontos de aposentadorias e pensões do órgão. Há suspeita de desvio de dinheiro, em um esquema de corrupção que envolveria servidores e aposentados.

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Last Update: 01/05/2025