O presidente do IBGE, economista Marcio Pochmann, levou à Justiça um pedido de investigação sobre o conflito interno do Instituto, entre servidores e o presidente, afirmando que há denúncias sobre consultorias privadas internas de servidores do IBGE que configurariam “conflitos de interesses”.
“A Coordenação de Recursos Humanos do IBGE identificou na atuação da SCIENCE situações de conflitos de interesses”, escreveu o IBGE, em comunicado divulgado nesta sexta (24), sobre uma destas supostas consultorias criadas.
De acordo com o organismo, as consultorias privadas de servidores foram “instaladas ilicitamente dentro do IBGE” e permitiram “a veiculação de notícias e manifestações, pelas mais variadas vias, contra a Administração do IBGE”.
Segundo Pochmann, o caso será devidamente investigado, o que já vem estaria sendo feito internamente, desde outubro do último ano, e, agora, por meio da Procuradoria Federal.
“A Administração do IBGE reforça aos servidores e servidoras e à sociedade que não será dissuadida de sua missão legal de apurar toda e qualquer possível irregularidade dentro do serviço público no Instituto, indicando a Procuradoria Federal do IBGE para encaminhamento de eventuais denúncias que facilitem a apuração, sendo assegurado o sigilo.”
O Instituto também chamou de “absurdas” as “insinuações” de que as investigações de irregularidades seriam uma “medida autoritária” do mandato Pochmann.
A entidade enfrenta uma crise interna. Há poucos dias, 134 servidores assinaram uma carta aberta de repúdio contra o presidente do IBGE, e 4 diretores pediram demissão desde o início do mês.
As críticas dos servidores foram contra a Fundação IBGE+, criada por Pochmann, que funcionaria como um organismo paralelo de pesquisa, segundo eles.