Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Um estudo recente revela que cerca de 1,4 milhão de estudantes brasileiros estão matriculados em escolas públicas que não contam com fornecimento de água tratada, própria para o consumo. A maior parte desses alunos é negra.

A pesquisa, realizada pelo Instituto de Água e Saneamento e pelo Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra), analisou dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2023 e classificou as escolas em predominantemente negras ou predominantemente brancas.

A chance de um aluno estar em uma escola de predominância negra que não fornece água potável é cerca de sete vezes maior se comparada à da escola de predominância branca.

Em todo o país, cerca de 5,5 milhões de estudantes estão em escolas sem qualquer abastecimento de água pela rede pública.

Além do acesso à água potável, a pesquisa analisa se as escolas contam com banheiro, coleta de lixo e esgoto.

Em todo o país, mais da metade dos alunos matriculados em escolas predominantemente negras lida com a falta de ao menos um dos serviços ou infraestrutura de saneamento.

O estudo destaca que as políticas públicas precisam considerar as desigualdades raciais e entre as regiões do país.

A falta de saneamento básico não afeta apenas as escolas. O estudo destaca que, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2022, 33 milhões de pessoas no Brasil não tinham acesso aos serviços públicos de abastecimento de água e 90 milhões não estavam ligados à rede pública de coleta de esgoto.

Fonte: Agência Brasil

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Last Update: 13/12/2024