Crise energética após vendaval pressiona Enel e agrava rotina dos paulistas

Três dias após o forte vendaval que atingiu a capital paulista e a região metropolitana, milhares de imóveis seguem sem fornecimento de energia elétrica, ampliando os transtornos enfrentados pela população e intensificando a pressão sobre a Enel Distribuição São Paulo. A falta de luz afeta desde residências até serviços essenciais, como abastecimento de água, transporte, comércio e atendimento médico.

Moradores relatam prejuízos com alimentos perdidos, interrupção do trabalho remoto, dificuldade para carregar celulares e, em casos mais graves, riscos à saúde de pessoas que dependem de equipamentos elétricos para sobreviver.

Justiça e órgãos públicos ampliam pressão

Diante da demora na recomposição do serviço, a crise ganhou contornos institucionais. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) pediu a suspensão da renovação da concessão da Enel, argumentando que os sucessivos apagões expõem falhas estruturais na prestação do serviço.

A representação solicita que o poder público avalie a qualidade do atendimento, os investimentos feitos pela concessionária e até a possibilidade de divisão da concessão, caso isso melhore o serviço prestado à população.

Além disso, decisões judiciais obrigam a Enel a priorizar o restabelecimento da energia em serviços essenciais, sob pena de multa, reforçando o entendimento de que a situação ultrapassou o limite do aceitável.

Enel promete normalização até o fim de domingo

A Enel afirmou que trabalha para restabelecer o fornecimento de energia em todas as áreas afetadas até o fim deste domingo, mas reconheceu que parte da rede sofreu danos estruturais graves, como queda de postes, árvores sobre fiações e destruição de transformadores.

Segundo a concessionária, equipes extras foram mobilizadas, mas a extensão dos danos e as condições climáticas dificultaram o avanço dos reparos em algumas regiões.

Críticas de autoridades e clima de insatisfação

Prefeituras e autoridades estaduais criticaram duramente a atuação da concessionária. Gestores afirmam que a população não pode ficar dias sem luz após eventos climáticos que, embora severos, não são inéditos.

Para especialistas em infraestrutura urbana, a crise expõe a vulnerabilidade da rede elétrica frente a eventos extremos e a necessidade de investimentos preventivos, especialmente em grandes centros urbanos.

Enquanto isso, moradores seguem cobrando respostas rápidas, indenizações por prejuízos e transparência sobre os prazos de restabelecimento e a situação reacende o debate sobre a qualidade dos serviços concedidos e o impacto direto que falhas estruturais têm sobre o cotidiano de milhões de pessoas.

(Com CNN e Metrópoles)

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