A jornalista australiana independente Caitlin Johnstone publicou um artigo chamando atenção para como a imprensa e classe política a nível mundial têm repercutido o famigerado debate entre Donald Trump e Joe Biden na CNN americana, esquecendo-se da questão principal.

Por causa do desempenho precário de Biden, a palavra “demência” tomou conta dos trending topics e até mesmo setores do Partido Democrata passaram a pressionar o presidente dos Estados Unidos a desistir da reeleição. Mas Caitlin provoca: se Biden não tem condições mentais de enfrentar a eleição em novembro, mais preocupante ainda é que ele já esteja na presidência.

“É muito revelador como todos estão se concentrando no que o desempenho confuso de Biden diz sobre sua capacidade de vencer a reeleição, e não sobre o fato de que o atual presidente em exercício dos Estados Unidos tem demência“, escreveu a jornalista.

Biden tem mais meio ano de governo e, para Caitlin, o debate revelou que “o presidente dos Estados Unidos não governa realmente os Estados Unidos“, mas as pessoas não deram a devida importância a este fato constrangedor.

“Se as pessoas realmente acreditassem que o presidente governa o país, estariam assustadas com a possibilidade de Biden, na sua névoa demente, ordenar um ataque ao que ele pensa que ainda é a União Soviética ou atacar a Líbia com armas nucleares para matar Muammar Gaddafi ou algo assim”, ilustrou.

“Eles não estão preocupados que isso aconteça porque sabem que o seu governo está, na verdade, a ser dirigido por gestores do império não eleitos nos bastidores, e que Biden é apenas o rosto oficial da operação”, disparou Caitlin.

Para a jornalista, Biden ou Trump são apenas marionetes dentro de um show maior, onde o resultado das próximas eleições “não importa”. “Não importaria se os americanos escolhessem um labrador retriever ou uma garrafa de molho Tabasco; o império avançaria [sobre o governo] sem a menor interrupção.”

“As eleições nos EUA são apenas uma diversão para impedir que os americanos pressionem por mudanças reais de formas que representem um desafio significativo ao poder, e os americanos já sabem disso”, comentou.

Enquanto o espetáculo das urnas rola, “o império dos EUA” marchou para “seu genocídio em Gaza e a sua guerra por procuração contra a Rússia, que ameaça o mundo, bem como uma política da China que é muito mais agressivo do que a dos antecessores de Biden. A máquina assassina imperial não perdeu o ritmo sua campanha ininterrupta de uma tirania global cada vez maior.”

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Última Atualização: 01/07/2024