O Banco Central, presidido por Gabriel Galípolo (foto/reprodução internet) revisou para cima o PIB de 2024, de 1,9% para 2,1%, e comemora uma resiliência que mais parece acomodação. A mediana do Focus para 2025 segue estagnada em 2,23% pela quarta semana consecutiva. Mesmo entre as previsões mais recentes, sensíveis a mudanças, a variação foi mínima: de 2,21% para 2,23%. Já para 2026, a projeção central recuou de 1,89% para 1,88%, com leve alta para 2,0% entre as estimativas atualizadas. Em resumo, os números que oscilam pouco e revelam muito. O Brasil parece ter se resignado a crescer menos que o mundo, mantendo-se na zona de conforto das estatísticas mornas. Projeta-se mais do mesmo, sem reformas estruturais ou ambição de romper a mediocridade. Crescer 2% virou objetivo, não ponto de partida. Falta ousadia na política econômica e sobra acomodação estatística.
