O comércio varejista brasileiro segue como um dos principais motores do aquecimento econômico em 2024. Dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados pelo IBGE, revelam que, em outubro, o setor apresentou um crescimento de 0,4% nas vendas em relação a setembro, que por sua vez havia registrado aumento de 0,6%. O acumulado do ano aponta uma alta de 5,0%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 4,4%, marcando o 25º mês consecutivo de resultados positivos.
Os números refletem as medidas de estímulo econômico implementadas pelo governo Lula, como o aumento do salário mínimo e a ampliação do crédito. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comemorou os resultados em postagem publicada em suas redes sociais. “Nesta sexta-feira, 13, quem se assusta são os pessimistas!”, escreveu, com bom humor.
Bom dia, Presidente @LulaOficial. Nossa indústria tirou nota 10 duas vezes esta semana. Maior aumento de vendas de eletrodomésticos (fogão, geladeira, televisão, ar-condicionado etc) em 10 anos; e maior volume de vendas de automóveis entre os 10 maiores mercados do mundo. Nesta… pic.twitter.com/VLvFZGwSYI
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) December 13, 2024
Maiores destaques
Em relação ao mês de setembro, a liderança no avanço do varejo veio do segmento de móveis e eletrodomésticos, com um salto de 7,5%, o maior em 10 anos. Em seguida, destacaram-se equipamentos de escritório, informática e comunicação (2,7%) e tecidos, vestuário e calçados (1,7%).
Combustíveis e lubrificantes também registraram crescimento (1,3%), assim como hipermercados, supermercados e produtos alimentícios (0,3%) e papelaria (0,3%). Em contrapartida, tiveram ligeira queda artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,5%).
Já na comparação com outubro de 2023, é preciso ressaltar o desempenho positivo do setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+16,1%), assim como de móveis e eletrodomésticos (+9,9%), hipermercados e supermercados (+5,6%) e equipamentos para escritório e informática (+6,3%).
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Resultados regionais
Entre setembro e outubro deste ano, 19 das 27 unidades da federação registraram aumento no volume de vendas, com destaque para Roraima (4,3%), Espírito Santo (3,1%) e Mato Grosso (2,1%). Por outro lado, estados como Amazonas (-3,0%) e Piauí (-1,1%) apresentaram recuos.
No varejo ampliado, que inclui veículos, motos e materiais de construção, a alta foi de 0,9%, com resultados positivos em 22 estados. Destaques para o desempenho de Tocantins (4,6%), Roraima (4,4%) e Rondônia (3,6%).
Na análise interanual, comparando outubro de 2024 com o mesmo período de 2023, todas as unidades federativas apresentaram crescimento. No varejo tradicional, a variação nas vendas foi de 6,5%, puxada por Paraíba (19,0%), Roraima (18,1%) e Alagoas (12,1%). Já no varejo ampliado, as maiores altas foram registradas no Paraná (26,5%), no Rio Grande do Sul (16,8%) e na Paraíba (16,4%).
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Ótimas perspectivas
O cenário do comércio varejista brasileiro segue promissor, com crescimento consistente ao longo dos últimos dois anos. O aumento da renda e a melhora nos níveis de emprego têm sido os principais motores deste movimento positivo. É importante frisar que essa recuperação ocorre apesar da altíssima taxa de juros definida pelo Banco Central, que torna o crédito mais caro, impondo obstáculos a uma ampliação ainda mais consistente.
Se o ritmo de expansão continuar em novembro e dezembro, o setor pode até superar as expectativas para 2024, mantendo-se como um dos principais pilares do aquecimento da economia brasileira.
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Da Redação