Crescente tensão entre Israel e Hezbollah suscita temores de escalada do conflito no Oriente Médio

Um ataque com foguetes contra um campo de futebol nas Colinas de Golã, território ocupado por Israel, fez 12 vítimas fatais, com idades entre 10 e 20 anos, neste sábado (27). O Exército israelense acusou os libaneses do Hezbollah de serem responsáveis, afirmando que o grupo “pagará o preço”, apesar dos aliados do Hamas negarem qualquer envolvimento.

O aumento da tensão gera preocupações sobre a escalada da guerra no Oriente Médio. Hoje, Israel afirmou que atacou vários locais no Líbano, após alegar que encontrou evidências de um foguete Falaq-1 de fabricação iraniana caiu no campo de futebol. Segundo os israelenses, um comandante do Hezbollah operou o ataque de um local de lançamento em Shebaa, no sul do Líbano.

O analista político do Oriente Médio, Omar Baddar, disse que acredita que o ataque foi “certamente um acidente”, independentemente de quem foi o responsável. “Nenhum partido em toda a região tem interesse político ou militar em atacar um jogo de futebol infantil (…) E também vale a pena notar que há um desejo tanto da parte do Hezbollah quanto de Israel de evitar uma guerra em larga escala”, afirmou.

“Precisaríamos de uma investigação independente para realmente saber o que aconteceu neste caso. Mas a negação do Hezbollah é em si pelo menos uma indicação, mesmo que se houvesse um foguete do Hezbollah, certamente o jogo de futebol não era um alvo intencional”, acrescentou.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia pediram contenção, com o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, pedindo uma “investigação internacional independente”. O governo libanês, que normalmente não comenta ataques a Israel, declarou que condena ataques a civis.

Enquanto isso, o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos afirmou em comunicado que o governo norte-americano “continuarão a apoiar os esforços para acabar com esses terríveis ataques”. Já o secretário de Estado estadunidense Antony Blinken disse, em uma coletiva de imprensa em Tóquio, que os EUA não querem ver o conflito escalar após o incidente.

“Estamos determinados a pôr fim ao conflito de Gaza. Ele já dura há muito tempo. Custou muitas vítimas. Queremos ver israelenses, queremos ver palestinos, queremos ver libaneses vivendo livres da ameaça de conflito e violência”, disse Blinken.

Leia também:

Artigo Anterior

Nadadores brasileiros punidos nos Jogos de Paris revelam segredo de amor nas redes sociais

Próximo Artigo

Haydée Santamaría: a combativa líder cubana da revolução

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!