Só o presidente Lula (foto/reprodução internet) não entende como a economia revela a contradição entre o crescimento macroeconômico e a deterioração das finanças das famílias brasileiras. Ela cresceu 1,3% no trimestre, mas o alívio não chegou às famílias. Quase metade dos brasileiros adultos está inadimplente, com dívidas médias de R$ 1,5 mil e débitos totais de R$ 438 bilhões — alta de 13% em um ano. Juros altos, inflação e crédito caro apertam o orçamento: 27% da renda já vai para as dívidas. Com o IPCA em 5,53% e a Selic em 14,75%, o consumo encolhe. Cartões e contas básicas lideram os débitos, enquanto 70% não conseguem pagar por uma cesta básica saudável. Para o mercado, o crescimento anima. Para o povo, a fatura só aumenta — e sem previsão de desconto até o fim de 2025. A fala do presidente do BC, Gabriel Galípolo, prevendo juros altos até o final do ano, anima investidores externos, mas preocupa quem vive por aqui.
