O ex-ministro respondeu com “Não me lembro” e “Não me recordo”, inclusive ao tratar de temas sensíveis ligados aos descontos irregulares em benefícios, foco central da investigação.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS ouve nesta quinta-feira (11/9) o ex-ministro do Trabalho e Previdência José Carlos Oliveira (gestão Jair Bolsonaro). Ao longo da oitiva, o depoente evitou responder à quase totalidade dos questionamentos, recorrendo reiteradamente às expressões “Não me lembro” e “Não me recordo”, o que gerou indignação entre parlamentares. Em meio às falas, houve alertas sobre crime de falso testemunho e cogitação de medidas mais duras, como voz de prisão, levantadas por integrantes do colegiado, entre eles o senador Fabiano Contarato (PT-ES).

De acordo com os registros oficiais da sessão e transmissões ao vivo, ao ser indagado sobre reuniões, providências e fluxos de decisão do período, o ex-ministro respondeu com “Não me lembro” e “Não me recordo”, inclusive ao tratar de temas sensíveis ligados aos descontos irregulares em benefícios, foco central da investigação.

Sonegação de informações

“Quem diz apenas ‘não me lembro’ ou ‘não me recordo’ diante de fatos gravíssimos desrespeita os aposentados e pensionistas e tenta esvaziar o trabalho da CPMI. Vamos adotar as medidas cabíveis”, afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

“Não aceitaremos que ‘não me lembro’ e ‘não me recordo’ virem um álibi para sonegar informações. A comissão seguirá firme para garantir verdade, transparência e responsabilização”, concluiu Pimenta.

Redação PT na Câmara

 

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Last Update: 11/09/2025