A imprensa capitalista vem divulgando que a equipe econômica do governo federal aguarda sinal verde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para promover um novo corte de gastos de R$ 2 bilhões, como forma de compensar a perda de arrecadação provocada pelo recuo na taxação do IOF sobre o envio de recursos de fundos ao exterior.

O “congelamento” de mais de R$ 31 bilhões do já combalido orçamento federal, seguido do recuo anunciado pelo Ministério da Fazenda no aumento da tributação do IOF para ganhos especulativos de capital estrangeiro e, por consequência, a expectativa de um novo corte de R$ 2 bilhões visando compensar a perda de arrecadação com o IOF, deixam ainda mais claro que a gestão econômica de Fernando Haddad está voltada para os interesses dos bancos internacionais.

Uma política antipovo
No começo do ano, diante da manutenção da política de elevação da taxa de juros em favor dos banqueiros pelo novo comando do Banco Central — tendo à frente Gabriel Galípolo, indicado por Haddad —, o presidente e o ministro repetiram à exaustão que não era possível dar um “cavalo de pau” na economia. Isso significaria reverter a política do antigo presidente do BC, o bolsonarista Campos Neto, que o próprio governo e toda a esquerda classificavam como “entreguista”.

Mostrando sua submissão e desmoralizando ainda mais o governo, o ministro Haddad, poucas horas depois de ter anunciado um conjunto de medidas para aumentar a arrecadação, voltou atrás no aumento do IOF que incomodava os agiotas e especuladores internacionais, mantendo, no entanto, as demais medidas que afetam o consumidor e os serviços públicos.

O servilismo da equipe econômica tem uma extensa lista de serviços prestados aos banqueiros e ao grande capital contra o povo trabalhador, que inclui: a redução do reajuste do já minguado salário mínimo; o “congelamento” do Bolsa Família por mais de dois anos; a não correção da tabela do Imposto de Renda (defasada em mais de 150%); a instituição do “imposto sobre as bugigangas”; o anúncio (do qual também teve de recuar) de que criaria um mecanismo para taxar o Pix etc., etc., etc.

Liquidação de Lula
Trata-se de uma política destrutiva para o próprio Lula, além das graves consequências para a imensa maioria do povo brasileiro, especialmente os mais pobres. Uma verdadeira política suicida que, a cada dia, enfraquece e debilita ainda mais o já combalido governo.

Vale destacar que essa política de submissão não se traduz em qualquer apoio dos tubarões capitalistas e da sua venal imprensa, que já falam abertamente em se livrar de Lula.

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Last Update: 30/05/2025