O pastor bolsonarista Silas Malafaia afirmou que a demissão de Fábio Wajngarten pelo PL é uma “covardia”. O ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social) de Jair Bolsonaro foi desligado do partido após o vazamento de conversa em que criticava a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“É usar o mesmo expediente que usam contra nós. Se nós fazemos isso, Alexandre de Moraes pode fazer também. Aquilo que de que nós reclamamos, fazemos igual?”, afirmou Malafaia à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
A decisão de demiti-lo partiu da cúpula da sigla, que considerou as mensagens uma demonstração de “deslealdade”. Em diálogos obtidos pela Polícia Federal e revelados pelo portal UOL, Wajngarten e Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, dizem que “preferem Lula” a Michelle na Presidência em 2026.
O diálogo ocorreu em janeiro de 2023, após o fim do mandato de Bolsonaro. Veja a conversa:
O religioso passa pano para o ex-secretário e afirma que tem mensagens de mesmo teor com pessoas próximas. “Se eu publicar as minhas conversas privadas com o Bolsonaro, o mundo vai desabar. É uma conversa entre amigos”, prosseguiu.
Malafaia diz que Wajngarten “poderia ser demitido em qualquer outra época, menos agora”, sugerindo que a decisão do partido pode prejudicar Bolsonaro, réu pela trama golpista, no Supremo Tribunal Federal (STF).
O pastor diz que o ex-secretário tem ajudado a melhorar a situação de Bolsonaro na opinião pública e no Judiciário. “O Wajngarten, como todos nós, tem falhas. Mas uma pessoa não pode ser julgada por suas falhas, mas sim por suas qualidades”, completou.
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