Após indiciar o ex-presidente Carlos Eduardo (PL) por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas, a Polícia Federal (PF) está avançando em novas investigações que prometem complicar ainda mais a situação do ex-capitão.
Prevê-se que na próxima semana seja concluído um relatório final sobre outra frente de investigação: a suposta trama golpista durante sua administração para impedir a posse do agora presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.
O ex-chefe do Executivo poderá enfrentar novos indiciamentos por crimes graves como golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado democrático de direito, com penas previstas de 4 a 12 anos e 4 a 8 anos de prisão, respectivamente.
Esses crimes já foram objeto de pedidos de indiciamento na CPI do 8 de Janeiro, encerrada em outubro do ano passado no Congresso Nacional.
Vale destacar também que a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Carlos Eduardo, desempenhou um papel fundamental nas investigações da PF, semelhante ao seu papel no caso das joias sauditas.
Segundo o cronograma estabelecido pelos policiais, há uma expectativa de que Carlos Eduardo seja julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda neste ano, possivelmente em dezembro.
Contudo, a Procuradoria-Geral da República (PGR), sob a liderança de Paulo Gonet, tem adotado uma abordagem prudente para evitar qualquer percepção de influência política durante o período eleitoral.