A Polícia Federal (PF) está investigando o acidente aéreo que resultou na morte de 62 pessoas em Vinhedo (SP) na sexta-feira (9). As causas da tragédia ainda estão sendo apuradas. A corporação aguarda laudos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e da Força Aérea Brasileira (FAB) para avançar nas investigações. Entre as hipóteses consideradas estão crime culposo, por negligência ou imprudência, e até crime doloso com dolo eventual.
A aeronave envolvida, um ATR 72 da VoePass, prefixo PS-VPB, está sendo analisada para verificar se estava com a manutenção em dia e se os equipamentos estavam em funcionamento adequado.
Relatos de ex-funcionários apontam problemas em aeronaves da empresa, incluindo um suposto improviso com um palito de fósforo para acionar o sistema antigelo, que pode ter falhado, contribuindo para a queda.
Os diálogos gravados pelas caixas-pretas do avião estão sendo periciados pelo Cenipa. O áudio capturou conversas do copiloto sobre “dar potência” à aeronave minutos antes da queda, além de gritos dos passageiros. A análise preliminar desses dados, no entanto, ainda não é conclusiva para determinar a causa do acidente, que ocorreu após o avião despencar cerca de 4 mil metros em 1 minuto.
Caiu um avião aqui em Vinhedo pic.twitter.com/DbaiKSQQmK
— (@_bnn) August 9, 2024
A aeronave já havia enfrentado problemas anteriormente, sofrendo um “dano estrutural” na cauda durante uma aterrissagem em Salvador (BA) em março. Após quatro meses fora de operação, o avião voltou a voar em julho, um mês antes da tragédia. A reportagem do Fantástico revelou esses detalhes, aumentando as especulações sobre as condições da aeronave.
O que diz a Voepass
O presidente da VoePass, comandante Felício, pronunciou-se publicamente pela primeira vez quatro dias após o acidente, expressando pesar e afirmando que a empresa está oferecendo suporte às famílias das vítimas. Ele também garantiu que a companhia está colaborando plenamente com as investigações.
Vale ressaltar que o relatório preliminar do Cenipa, previsto para ser concluído em 30 dias, trará as primeiras conclusões sobre as causas do acidente.
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