O corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, deve desembarcar em São Paulo nesta terça-feira (1º), segundo informou a companhia aérea Emirates Airlines. O translado ao Rio de Janeiro, onde será feita uma nova autópsia, está previsto para terminar na quarta-feira (2).

A Emirates estende suas mais profundas condolências à família neste momento difícil“, declarou a empresa em nota oficial.

Nova autópsia em até seis horas

A nova necropsia será realizada por determinação judicial, após pedido da família, com apoio da Defensoria Pública da União (DPU). Segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, o motivo é a “ausência de esclarecimento sobre a causa e o momento exato em que a vítima morreu”.

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que irá cumprir voluntariamente a decisão e que o exame será feito em até seis horas após o desembarque para preservar possíveis evidências.

Com o auxílio da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia”, explicou Mariana, irmã de Juliana.

Resultados iniciais sob suspeita

O primeiro exame foi feito na última quinta-feira (26), no Hospital Bali Mandara, após o corpo ser resgatado do Parque Nacional do Monte Rinjani. O laudo apontou que Juliana sofreu múltiplas fraturas e lesões internas, com sobrevida estimada de 20 minutos após o impacto, descartando a hipótese de hipotermia.

Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas, praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos”, afirmou o médico-legista Ida Bagus Putu Alit, em entrevista coletiva.

Família critica divulgação precipitada

A maneira como o laudo foi divulgado gerou revolta. A família relatou que foi chamada ao hospital para receber o exame, mas foi surpreendida por uma coletiva de imprensa concedida antes mesmo de ter acesso ao documento.

Caos e absurdo. Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo, mas, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico achou de bom-tom dar uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo antes de falar para minha família. É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais”, criticou Mariana.

Governo local admite falhas no resgate

No sábado (28), pela primeira vez desde o acidente, uma autoridade política indonésia se manifestou publicamente. Lalu Muhamad Iqbal, governador da província de Sonda Ocidental, onde está localizado o Monte Rinjani, admitiu falhas na estrutura disponível para o resgate da jovem e prometeu revisar os procedimentos em futuras operações de salvamento.

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Last Update: 01/07/2025