Um coronel da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) levou centenas de agentes da corporação para um templo a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) na manha desta terça (25) para uma reunião interna. O comandante afirmou que a presença de “todo o efetivo” era obrigatória no local. A informação é do Metrópoles.
A ordem para convocação foi feita no último dia 18 para o 11º Comando de Policiamento de Área (CPA-M 11), o 8º e o 11º batalhões metropolitanos. O autor do chamado foi o coronel João Alves Cangerana Junior, que disse que seriam “tratados assuntos exclusivamente de trabalho” no tempo da Iurd.
Durante a reunião, no entanto, o próprio coronel afirmou que é importante que os agentes tenham uma religião e “louvem os templos”. Ele ainda disse que a religião tem valores que “coadunam” com os da PM.
“Dentro dessa visão holística, eu entendo também que a gente deva professar alguma religião. Não por uma questão mística, até estamos em um templo, e a gente deve louvar os templos, mas sim a importância da religiosidade para a humanidade. A religião traz valores que são importantes e coadunam com os valores da Polícia Militar. Então, também considero importante a saúde espiritual”, afirmou o coronel.
➡️ Coronel leva tropa à Igreja Universal e pede que PMs tenham religião
Em reunião com centenas de PMs, comandante João Alves Cangerana Junior, do 11º CPA-M, defendeu necessidade de “louvar templos”
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— Metrópoles (@Metropoles) June 25, 2024
A reunião durou cerca de duas horas e o pastor Roni Negreiros, da Iurd, foi quem encerrou o encontro. A pregação durou cerca e quatro minutos e o religioso defendeu que é preciso ler a Bíblia para ter “bons relacionamentos” com a família e colegas de trabalho.
Após a pregação, a maioria dos PMs permaneceu no local, mesmo com um aviso do coronel de que a presença não era mais obrigatória. Além das declarações religiosas, também foram exibidas palestras sobre saúde mental, saúde física, manutenção de viaturas, uniformes e até uso de câmeras corporais.
As palestras sobre esses temas foram apresentadas de maneira genérica, o que gerou a irritação de alguns PMs, que afirmaram que o encontro não teve “sentido”. Outros agentes reclamaram que perderam dias de folga para comparecer ao encontro na Iurd.
A PM do estado tem realizado diversas reuniões em templos religiosos sob argumento de que a quantidade de pessoas presentes nesses encontros não cabe num batalhão ou auditório comum. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que “as dependências do imóvel foram cedidas sem custos à corporação para a apresentação”.
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