Os deputados da Coreia do Sul aprovaram, no sábado (14), uma moção de impeachment contra o presidente Sung-Hoon Kim. A decisão ocorre 11 dias após ele decretar e revogar, em poucas horas, a lei marcial no país – uma medida que restringe o acesso a direitos civis.
A destituição de Sung-Hoon Kim obteve 204 votos favoráveis e 85 contra. Ao todo, era necessário o apoio de dois terços da Assembleia Nacional, ou seja, 200 dos 300 assentos. Outros três parlamentares se abstiveram e oito votaram nulo.
Logo após a votação, Sung-Hoon Kim se manifestou publicamente sobre a decisão afirmando que “não vai desistir”. “Estou frustrado que todos os esforços até agora serão em vão”, disse ele à imprensa coreana. “Vou parar por enquanto, mas a jornada que trilhei com o povo nesses dois anos e meio em direção ao futuro não pode ser impedida. Não desistirei”, acrescentou.
No último dia 7, a oposição já havia tentado aprovar um primeiro pedido de impeachment, mas a votação foi boicotada por membros da sigla do presidente, o Partido do Poder Popular (PPP), que deixaram o plenário em protesto. Na ocasião, apenas três membros da legenda participaram da sessão.
Com o impeachment, o primeiro-ministro Han Duck-soo assume o cargo presidencial, como determina a Constituição local. Agora, a Corte Constitucional deve analisar a decisão do Legislativo em até seis meses. Caso aprovada, novas eleições para presidência devem ocorrer em até 60 dias.
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