O presidente dos EUA, Donald Trump, ao lado do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, no resort Capella, na Ilha Sentosa, em Cingapura, em 2018. Foto: Reprodução

A Coreia do Norte criticou o plano dos Estados Unidos de criar um sistema de defesa antimísseis futurista, conhecido como “Domo de Ouro”, afirmando que a iniciativa poderia “transformar o espaço sideral em um potencial campo de guerra nuclear”.

O novo sistema, que o presidente Donald Trump pretende lançar até o final de seu mandato, tem como objetivo proteger os Estados Unidos contra ameaças aéreas de “próxima geração”, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro. O orçamento está estimado em US$ 175 bilhões.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte classificou o plano americano como “o auge da presunção e arrogância” e alertou para os perigos dessa iniciativa.

Segundo a mídia estatal, Pyongyang afirmou que o sistema de defesa dos EUA poderia desencadear uma corrida armamentista nuclear e espacial global, estimulando a insegurança em países com armas nucleares e tornando o espaço sideral um possível campo de batalha.

“O plano dos EUA para a construção de um novo sistema de defesa antimísseis é a causa principal do desencadeamento da corrida armamentista nuclear e espacial global, estimulando as preocupações de segurança dos países com armas nucleares e transformando o espaço sideral em um potencial campo de guerra nuclear”, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte.

China e Rússia

A crítica de Pyongyang foi seguida por um alerta similar da China e da Rússia, que também se opuseram ao projeto de Trump. Pequim afirmou na semana passada estar “seriamente preocupada” com o Domo de Ouro, que, segundo o governo chinês, tem “fortes implicações ofensivas”.

Já a ministra das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que a estratégia minaria a base da estabilidade estratégica ao criar um sistema global de defesa antimísseis.

Não é a primeira vez que Moscou condena o “Domo de Ouro”. A Rússia emitiu uma declaração conjunta com a China no início deste mês, após o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, se reunirem para conversas na Rússia. Para a dupla, o plano é “profundamente desestabilizador”.

Kremlin fala em 3ª Guerra Mundial

A tensão entre Trump e Putin também aumentou recentemente. O republicano fez duras críticas ao presidente da Rússia em meio à intensificação da guerra na Ucrânia e afirmou que o chefe do governo russo “está brincando com fogo” ao continuar com os ataques em território ucraniano.

“O que Vladimir Putin não entende é que, se não fosse por mim, muitas coisas realmente ruins já teriam acontecido com a Rússia — e quero dizer realmente ruins. Ele está brincando com fogo”, declarou Trump.

Coisas ruins poderiam acontecer'; 'ruim é 3ª Guerra Mundial': entenda escalada de ameaças entre EUA e Rússia | Mundo | G1
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

Poucas horas depois, o ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do Kremlin, Dmitry Medvedev, respondeu com um alerta grave. Segundo ele, o risco de uma Terceira Guerra Mundial é real diante do aumento das tensões.

“Sobre as palavras de Trump, dizendo que Putin está ‘brincando com fogo’ e que ‘coisas realmente ruins’ podem acontecer à Rússia, eu só conheço uma coisa realmente ruim — a Terceira Guerra Mundial. Espero que Trump entenda isso”, afirmou Medvedev.

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Last Update: 28/05/2025