O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu pelo aumento da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano – o maior percentual registrado desde julho de 2006.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.
Segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira, a decisão “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”, e também “implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.
O Copom destaca que o cenário “segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”, o que vai exigir o acompanhamento de como os desenvolvimentos da política fiscal afetam a política monetária e os ativos financeiros.
“Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, ressalta o colegiado.
Contudo, a autoridade monetária sinalizou que a taxa básica de juros deve ser mantida nas próximas reuniões “para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.
“O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, disse o Copom.
