Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, vão se reunir nesta terça-feira 6 em Brasília para definir o novo patamar da taxa básica de juros do País, a Selic. 

A reunião deve terminar somente na quarta-feira 7 e a expectativa geral é que haja um novo aumento na Selic. Atualmente, a taxa básica de juros está em 14,25% ao ano, mas as projeções do mercado indicam que o percentual suba para 14,75% ao ano. 

Caso a projeção saia do papel, esse será o sexto aumento seguido da Selic, fazendo com o que o Brasil experimente a taxa de juros mais alta desde 2006.

Parte dessa expectativa por uma nova alta na taxa se sustenta em relatórios do próprio Banco Central. Desde o início da presidência do economista Gabriel Galípolo, o BC vem dando sinais de que o Brasil passaria por um ciclo de aumento nos juros. 

Ao divulgar a ata da sua última reunião, por exemplo, o Copom disse que um eventual aumento na Selic estaria ligado ao cumprimento ou não da meta de inflação no país. “A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditado pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, afirmou o grupo.

Neste ano, o Brasil mudou o cálculo do regime de metas. Agora, a meta será considerada descumprida quando a inflação acumulada em doze meses se desviar por seis meses seguidos do intervalo de tolerância. Antes, o descumprimento só era constatado quando se considerava um ano inteiro, com o cálculo finalizado em dezembro. 

O Brasil tem uma meta de inflação de 3% em 2025, mas há uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Acontece que o País vem sofrendo com um ciclo de alta nos preços. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação estimada no último mês de abril ficou em 0,43%, fazendo com que o acumulado dos últimos doze meses tenha ficado em 5,48%.

A reunião do Copom funciona como uma espécie de balanço do estado atual da economia brasileira. No primeiro dia, os representantes vão fazer uma análise de conjuntura, apresentando indicadores básicos, como a própria inflação, o estado das contas públicas e as variações do câmbio. No segundo dia, finalmente, a Selic é divulgada, o que funciona como um instrumento de projeção do futuro econômico.

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Last Update: 06/05/2025