Ao anunciar nesta quarta-feira 29 o aumento da taxa básica de juros, a Selic, de 12,25% para 13,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central afirmou que, a se concretizar o cenário esperado, promoverá um reajuste da mesma magnitude na próxima reunião, em 18 e 19 de março.

A projeção indica, portanto, que a taxa chegará a 14,25% ao ano. Gabriel Galípolo comandou nesta quarta seu primeiro encontro na presidência do BC, como sucessor de Roberto Campos Neto.

Será o nível mais alto da Selic em mais de oito anos. A última vez que a taxa chegou a 14,25% foi entre julho de 2015 e agosto de 2016. Naquele momento, o Brasil vivia um contexto de forte crise política que resultaria na derrubada da então presidenta Dilma Rousseff (PT).

Na reunião de outubro de 2016, já com Michel Temer (MDB) na Presidência, o Copom reduziu o índice a 14% ao ano, iniciando um ciclo de cortes que duraria até março de 2018.

Ao justificar a decisão desta quarta-feira, o BC mencionou um ambiente externo “desafiador”, principalmente por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, agora sob Donald Trump.

No front doméstico, diz o comitê, há uma “desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”.

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Last Update: 29/01/2025