O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve o ritmo de ajuste da taxa Selic e elevou os juros em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.
Segundo comunicado divulgado após a reunião, o colegiado explica que a decisão “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.
Ao analisar o cenário doméstico, o colegiado citou o “dinamismo” do conjunto de indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho, embora afirme que “sinais sugiram uma incipiente moderação no crescimento”, enquanto o mercado internacional “segue exigindo cautela por parte de países emergentes”.
Além disso, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação e ressaltou que a inflação de serviços pode continuar elevada, mas que segue acompanhando como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros.
De acordo com o BC, “a percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes”.
Para a próxima reunião, o Copom diz antever “um ajuste de menor magnitude” caso fatores como “cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário” sigam em curso.
“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, apontou o comitê.