Com o período eleitoral se aproximando, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e entidades ligadas à imprensa nacional anunciaram nesta terça-feira (6) uma campanha para combater a desinformação durante as eleições municipais, com primeiro turno previsto para o dia 6 de outubro.

As notícias falsas são vistas com uma ameaça crescente de extrema direita e bolsonaristas, que tem intensificado o uso de ferramentas como inteligência artificial para disseminar informações falsas, colocando em risco a integridade do processo eleitoral.

Sob o lema “Jornalismo é confiável, fala nossa língua, protege da desinformação e fortalece a democracia”, a campanha visa promover informações purificadas por profissionais da imprensa.

Leia mais:

Alerta

A ação inclui a divulgação de mensagens nas redes sociais, alertando sobre a circulação de notícias falsas e destacando a importância de se confiar em fontes jornalísticas verificadas.

Os textos, adaptados para diferentes regiões do país, buscam engajar concorrentes com linguagem local. Um exemplo é a mensagem “Bah! Mentira é chinelagem!”, voltada para o público do Rio Grande do Sul, enfatizando a exclusão às mentiras.

A presidenta do TSE, ministra Cármen Lúcia, destacou que o Brasil enfrentou diversas formas de “mentiras contra o voto livre”. Ela reforça que a campanha é uma ferramenta essencial para conscientizar os participantes sobre os perigos da desinformação.

A iniciativa conta com a participação de entidades importantes como Abert, Abraji, Ajor, Alright, Aner, ANJ, Agência Lupa, Aos Fatos, Coar, Instituto Palavra Aberta, Projeto Comprova e Projor.

Disco de denúncia pelo 1491

Durante o evento de lançamento nesta terça-feira (6), foi anunciado um número de telefone (1491) para que os participantes denunciassem irregularidades eleitorais, como propaganda irregular e abuso de poder. O número, que já está ativo, foi disponibilizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

As denúncias serão avaliadas pelo Centro Integrado de Combate à Desinformação, composto por membros da Justiça Eleitoral, Ministério da Justiça, OAB, Anatel e Ministério Público Federal.

“Para que, em um tempo, em uma velocidade recorde, a gente possa ter a resposta devida a esta denúncia ou a esta desconfiança, para que uma pessoa não se engane sobre aquilo que lhe foi passado, com o 1491, denunciam-se mentiras eleitorais e serão adotadas providências”, disse a ministra Cármen Lúcia.

A campanha também inclui acordos com plataformas de redes sociais para a remoção de conteúdos irregulares.

A resolução do TSE sobre as eleições de 2024 prevê a retirada imediata de publicações que promovam discursos de ódio ou antidemocráticos, e proíbe o uso de deepfakes em campanhas eleitorais, obrigando a indicação do uso de inteligência artificial.

Leia mais:  

Da Redação , com informações do TSE

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 07/08/2024