No último dia 5, o jornal A Verdade teve sua conta retirada do Instagram, rede social controlada pelo monopólio das redes sociais Meta. O anúncio do banimento se consumou ao longo do dia 6, com a alegação de que a conta e a sua atividade não seguem os “Padrões da Comunidade” da rede social norte-americana.

Em seu sítio, o jornal apontou que se trata de uma censura e um ataque à liberdade de expressão. Também foi apontado que o perfil que contava com 100 mil seguidores, repercutia notícias do jornal no Instagram, e recentemente estava noticiando a luta dos moradores da Favela do Moinho, em São Paulo e a sua luta contra o despejo promovido por Tarcísio de Freitas, além de noticiar outras diversas atividades de luta contras as privatizações, por moradia e principalmente na denúncia do genocídio contra o povo palestino.

Como apontado corretamente pelo jornal, o caso é mais um episódio de censura e mais um dos vários ataques a liberdade de expressão. Apesar de o judiciário ter liderado essa política, as redes sociais também tem se destacado por exercer um controle pesado daquilo que pode ser postado por seus usuários, principalmente nas denúncias do genocídio promovido pelo estado de “Israel” e contra as manifestações de solidariedade e apoio a Resistência Palestina. Embora os seus donos se apresentem como “democratas”, realizam a censura do “bem” para encobrir as ações violentas do imperialismo.

Outro episódio que faz parte desse histórico de repressão, ocorreu em janeiro de 2025 em que o Youtube, do Google, retirou a monetização e logo em seguida baniu o canal A Nova Democracia, atendendo a pedidos do sionismo, pois o canal estava cobrindo e noticiando as ações da Resistência Palestina e dessa forma, foram obrigados a publicar o seu conteúdo em outras redes sociais. Os proprietários do canal chegaram a ficar impedidos de acessar o próprio acervo de vídeos publicados ao longo de 15 anos de existência. Em fevereiro, devido a uma importante mobilização, a Justiça concedeu liminar a favor do canal e o canal foi reestabelecido no Youtube.

Em abril de 2024, outro caso de censura realizado pelo Youtube foi a desmonetização do canal do Partido da Causa Operária (PCO), a Causa Operária TV (COTV), também por decisão arbitrária da plataforma, que novamente atendeu aos pedidos de censura dos sionistas. Os ataques também se deram pela denúncia do genocídio promovido pelo estado de “Israel” e a defesa das ações da Resistência Palestina. Além da desmonetização, houve também o corte de vídeos por “denúncias de infração dos termos de utilização”, além de várias tentativas de retirar o canal do ar. Por enquanto, a retirada da monetização da COTV ainda está vigorando, como forma de dificultar a produção do canal.

Os casos ocorridos contra o jornal A Verdade, contra os canais de A Nova Democracia e a COTV que foram realizados por empresas privadas que detém plataformas e as redes sociais, é um prenúncio do que acontecerá se o STF mudar o entendimento sobre o artigo 19 do Marco Civil da Internet. Atualmente, um conteúdo só deveria ser retirado da rede social após uma decisão judicial, mas o novo entendimento que está se defendendo é que bastaria qualquer denúncia de qualquer pessoa que se sentisse ofendida, para que o conteúdo fosse removido. Uma legalização do que essas empresas já vem fazendo e também legitimar a censura de uma vez por todas na internet.

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Last Update: 07/06/2025