
Investigações da Polícia Civil de São Paulo apontam que Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Bill e Cigarreiro, acusado de mandar matar o empresário Vinícius Gritzbach, montou a rádio Street FM na Avenida Paulista para lavar dinheiro do tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV). Com informações do Uol.
Gritzbach, de 38 anos, foi assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, em 8 de novembro de 2024. O empresário investiu R$ 4 milhões em criptomoedas de Cigarreiro, mas sumiu com o dinheiro.

A rádio Street FM, que anteriormente operava na frequência 103.7 FM, foi desativada em 19 de novembro do ano passado, quando passou para operação exclusiva online. Atualmente, a estação está fora do ar.
Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga a morte de Gritzbach, Cigarreiro é ligado ao PCC e ao CV.
A polícia descobriu a ligação de Cigarreiro com a rádio Street FM após cumprir mandados de busca em imóveis vinculados ao narcotraficante. O criminoso teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça e está foragido.
Cigarreiro gerenciava a rádio no 12º andar do Condomínio Edifício Parque Avenida. De acordo com o jornalista Josmar Jozino, do UOL, o criminoso esteve no prédio nos dias 13 de julho, 30 de agosto e 5 e 9 de setembro do ano passado.

Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, cúmplice de Cigarreiro e olheiro do PCC, também esteve na rádio em 12 de abril, 20 de junho e em 4 e 7 de julho de 2024. Kauê foi o responsável por informar aos atiradores no aeroporto sobre a saída de Gritzbach do terminal 2.
Além disso, agentes do DHPP descobriram que Cigarreiro e Kauê compraram quatro aparelhos de TV de 85 polegadas para a rádio Street FM. Kauê também teve sua prisão temporária decretada e está sendo procurado pelas autoridades.
A Polícia Civil apurou que a rádio começou a operar no Condomínio Edifício Parque Avenida em 19 de abril de 2024, com capital inicial de R$ 100 mil, e que houve baixa na situação cadastral em 9 de janeiro de 2025. Cigarreiro conseguiu tirar três RGs falsos em São Paulo.
Em 7 de novembro de 2024, um dia antes do assassinato de Gritzbach, Cigarreiro fretou um avião em Jundiaí e viajou para o Rio de Janeiro, onde se refugiou na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.