O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela atualizou os resultados eleitorais nesta sexta-feira, 2, confirmado a reeleição do presidente Nicolás Maduro com 51,11% dos votos, equivalente a 6.408.844 votos.

Seu principal opositor, Edmundo González, obteve 42,91% dos votos, totalizando 5.326.104 votos.

A atualização ocorre após a interrupção da apuração no domingo, 28, e a conclusão dos resultados alcançou 96,87% com uma taxa de participação de 59,97%.

Apesar da reafirmação dos resultados pelo CNE, a ausência das atas eleitorais detalhadas tem gerado críticas e exigências por parte de autoridades internacionais e países vizinhos, incluindo o Brasil.

A oposição, por sua vez, alega possuir contagens paralelas que indicam uma vitória de González com 67% dos votos.

No mesmo dia, a Suprema Corte venezuelana convocou uma sessão de auditoria eleitoral, convidando todos os dez candidatos presidenciais para uma revisão dos resultados.

A sessão contou com a presença de oito dos nove candidatos, e, durante o encontro, um documento foi assinado por eles, aparentemente validando os resultados anunciados pelo CNE.

Enrique Márquez, um dos candidatos, recusou-se a assinar e solicitou a publicação imediata das atas pelo CNE.

A legitimidade da eleição foi questionada pelo Centro Carter, que destacou que o processo eleitoral “não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerado democrático”. Além disso, observou-se um “claro viés” da autoridade eleitoral em favor de Maduro.

Durante a semana, ameaças de prisão contra líderes da oposição, incluindo González e Corina Machado, foram proferidas por Maduro, levantando preocupações sobre a segurança de González ao comparecer à Suprema Corte para a auditoria.

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Última Atualização: 02/08/2024