
O conselheiro do presidente estadunidense Donald Trump, Jason Miller, celebrou o voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da trama golpista. O americano tem compartilhado diversos trechos de sua fala, repercutido publicações de bolsonaristas e atacado Alexandre de Moraes no X.
“Fux está destruindo completamente a guerra jurídica de fake news que Alexandre de Moraes vem travando contra Jair Bolsonaro e o bom povo do Brasil”, escreveu. Ele também fez outra publicação com a hashtag #FreeBolsonaro (“libertem Bolsonaro”).
Miller compartilhou diversos posts de aliados de Bolsonaro, como do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e de Ana Paula Henkel, ex-jogadora de vôlei e ex-comentarista da Jovem Pan.
O conselheiro de Trump vem fazendo ataques a Moraes desde agosto, usando termos como “ditador”, “gângster” e “terrorista”. Ele afirmou que só vai parar de ofender o magistrado quando Bolsonaro estiver “livre”.
.@STF_oficial Justice Fux is absolutely DESTROYING the fake news political lawfare that @Alexandre de Moraes has been waging against President @jairbolsonaro and the good people of Brazil. 🇧🇷
The charges against President Bolsonaro are fraudulent and unconstitutional!!! https://t.co/K66IbkCrZ7
— Jason Miller (@JasonMiller) September 10, 2025
Ao votar nesta quarta (3), Fux defendeu a “incompetência absoluta” da Corte para julgar a trama golpista e que o caso deveria ser avaliado em plenário. “Não estamos julgando pessoas com prerrogativa de foro, estamos julgando pessoas que não têm prerrogativa de foro”, argumentou.
O voto do ministro, que sempre foi visto como uma “esperança” por bolsonaristas, animou advogados e o entorno do ex-presidente. Apoiadores de Bolsonaro têm feito uma campanha nas redes dizendo que Fux “honra a toga”.
Vale lembrar que, em julho, quando os Estados Unidos suspenderam vistos de ministros do Supremo, Fux se livrou da sanção, junto de André Mendonça e Kassio Nunes Marques (dupla indicada por Bolsonaro para a Corte).