Em um mundo cada vez mais acelerado e repleto de estímulos visuais, sonoros e informacionais, o yoga às cegas surge como uma proposta inovadora de reconexão interior. Nessa prática, os participantes utilizam vendas nos olhos para bloquear as distrações externas e ampliar a percepção dos próprios sentidos.
A proposta, que já vem ganhando espaço, não é exatamente uma novidade dentro dos princípios do yoga, mas tem conquistado mais adeptos justamente por oferecer uma imersão sensorial profunda, capaz de acalmar a mente e ampliar a percepção do corpo no presente.
“O yoga às cegas é uma experiência sensorial única, quando você retira o estímulo visual, o corpo começa a escutar mais, sentir mais, perceber mais. Tudo se intensifica”, explica Sue Môura, professora de yoga, educadora física e empresária.
Características do yoga às cegas
O yoga às cegas é uma adaptação da prática tradicional, feita com os olhos fechados ou utilizando vendas, que convida o praticante a silenciar os estímulos externos e voltar toda a atenção para o corpo, a respiração e as sensações internas.
A ausência da visão exige um nível de presença, equilíbrio e autoconsciência muito maior. Isso ativa outros sentidos, melhora a propriocepção (a percepção do corpo no espaço) e fortalece o foco.

Benefícios do yoga às cegas
A prática do yoga às cegas oferece benefícios, como:
- Redução da ansiedade e do estresse;
- Aumento da concentração e da clareza mental;
- Fortalecimento da autoconfiança;
- Melhoria da consciência corporal e equilíbrio;
- Expansão da percepção sensorial e emocional.
“As pessoas hoje estão sobrecarregadas de telas, notificações e ruídos externos. O yoga às cegas permite desligar tudo isso, nem que seja por alguns minutos, e voltar a ouvir o próprio corpo e o que realmente importa”, ressalta Sue Môura.
Familiaridade com o yoga é importante para a prática
Sue Môura destaca que a prática é mais recomendada para praticantes que já tenham familiaridade com o yoga tradicional. Isso porque, sem o auxílio da visão, posturas que exigem equilíbrio ou alinhamento podem se tornar desafiadoras para iniciantes.
“É uma prática que exige uma escuta muito apurada do próprio corpo; por isso, ela faz mais sentido para quem já tem uma certa segurança nas posturas básicas e deseja ir além, explorando camadas mais sutis da consciência”, explica.
Por Tayanne Silva