Conheça 8 mitos e verdades sobre o chocolate, o alimento mais desejado da Páscoa

Chocolate: mitos e verdades sobre o alimento mais consumido na Páscoa. Foto: Reprodução

Na Páscoa, o chocolate ganha destaque absoluto — especialmente os ovos, que surgem em versões cada vez mais variadas: recheados com brigadeiro, doce de leite, pistache, maracujá e até combinações de sabores. No Brasil, é comum a encomenda de ovos artesanais, alguns com até três tipos de recheio. Com informações de O Globo.

Com tantas opções, surgem dúvidas frequentes: qual é o chocolate mais saudável? Chocolate diet realmente ajuda a emagrecer? E o chocolate branco, vale como chocolate?

Para esclarecer essas questões, o médico Renato Lobo, pós-graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), e o nutricionista Alexandre Danton, mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), explicaram o que é mito e o que é verdade.

1) Chocolate pode fazer parte da alimentação

Verdade. De acordo com Renato Lobo, é possível consumir chocolate mesmo em uma dieta equilibrada. “Se a pessoa tem vontade, o ideal é encaixar o chocolate como sobremesa, após uma refeição com boa presença de proteína e fibras. Assim, ele será absorvido mais lentamente”, explica.

O médico alerta que consumir chocolate em jejum, por exemplo, pode causar picos de glicose e provocar fome excessiva logo depois.

2) Chocolate diet ajuda a emagrecer

Mito. O chocolate diet não contém açúcar, mas isso não significa que tenha menos calorias. “Ele é rico em adoçantes e gorduras, usados para compensar a ausência do açúcar. O valor calórico final é praticamente o mesmo”, explica Alexandre Danton. Segundo ele, optar pela versão diet não é uma troca inteligente se o objetivo for emagrecer.

3) Chocolate amargo é mais saudável

Verdade. Com maior concentração de cacau e menor teor de açúcar, o chocolate amargo é o mais indicado. Estudos da Harvard TH Chan School of Public Health apontam que o consumo regular pode reduzir em até 21% o risco de diabetes tipo 2.

Segundo Danton, isso ocorre por causa dos flavonoides, antioxidantes naturais que ajudam a reduzir inflamações e melhorar a sensibilidade à insulina.

4) Chocolate branco é chocolate

Mito. Apesar do nome, o chocolate branco não contém massa de cacau, apenas manteiga de cacau, açúcar e leite. “É basicamente gordura e açúcar. Nutricionalmente, não é chocolate”, afirma Lobo.

Acredite se quiser: chocolate branco não é chocolate de verdade! Descubra os motivos - TudoGostoso
Chocolate branco não contém massa de cacau, apenas manteiga de cacau, açúcar e leite. Foto: Reprodução

5) Comer chocolate todo dia causa diabetes

Mito. De acordo com Danton, o consumo diário, por si só, não causa diabetes. “A doença está mais ligada a hábitos como sedentarismo, excesso de alimentos ultraprocessados e obesidade. É o conjunto que gera risco, não um único alimento.”

6) Chocolate dá espinhas

Mito. A ideia de que chocolate causa acne não tem comprovação científica sólida. “Até hoje, nenhum estudo foi conclusivo sobre essa relação direta”, esclarece o nutricionista.

7) Chocolate pode causar dor de cabeça

Verdade. Renato Lobo explica que a teobromina, substância presente no cacau, é semelhante à cafeína e pode desencadear dor de cabeça em pessoas mais sensíveis.

8) Chocolate vicia

Mito. O chocolate não é uma substância viciante, segundo a ciência. Mas ativa o chamado sistema de recompensa do cérebro. “Como proporciona prazer imediato, o consumo pode virar um hábito frequente — não por dependência, mas pela busca por bem-estar”, afirma Danton.

Como escolher melhor?

Danton recomenda priorizar chocolates com maior teor de cacau, poucos ingredientes e menos açúcar adicionado. Os ovos com recheios doces e coloridos normalmente contêm mais gorduras e conservantes.

“Se possível, escolha ovos de chocolate amargo, com pelo menos 70% de cacau, e evite os recheados”, sugere.

Um ovo de chocolate ao leite, com 300g, pode chegar a 1.650 calorias — o equivalente a quase uma refeição completa de três pratos. O mais importante, segundo os especialistas, é moderar nas porções e não transformar o chocolate em hábito diário fora das datas comemorativas.

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