Começa nesta quarta-feira (10), na sede do Sebrae, em Brasília, o 40º Congresso Nacional dos Jornalistas. O evento promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) terá como tema central “Os Desafios do Jornalismo: de Gutenberg à Inteligência Artificial”.
Trata-se do maior evento deliberativo da categoria que vai reunir até sábado (13) cerca de 250 participantes de todo o país, entre profissionais, estudantes e representantes de empresas de comunicação.
A Fenaj destaca que a programação será estruturada em conferência magna, painéis, oficinas e plenárias deliberativas, mantendo a tradição histórica dos encontros da categoria realizados desde a década de 1940.
“A Inteligência Artificial será o eixo central da 40ª edição, com destaque para seus impactos no mercado de trabalho, implicações éticas e oportunidades para fortalecer práticas jornalísticas de qualidade”, diz a entidade por meio de nota.
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A presidenta da Fenaj, Samira de Castro, diz que o evento é o momento em que a categoria reafirma seu compromisso com o jornalismo ético, plural e democrático. “Precisamos debater a tecnologia sem abrir mão da nossa missão social”, afirma.
Para Márcia Quintanilha, diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e também dirigente da Fenaj, o 40º Congresso será “um momento crucial para refletirmos sobre o futuro do jornalismo” no País. “Com a revolução da Inteligência Artificial, é fundamental discutirmos como garantir a sustentabilidade e a credibilidade da nossa profissão, além de enfrentar os desafios da violência e do pejotismo. É hora de nos unirmos e lutarmos por um jornalismo mais forte e independente, que continue a servir à sociedade com ética e transparência.”
Debates
Entre os destaques da programação está o painel “Quais os caminhos possíveis para a sustentabilidade do Jornalismo?”, com o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) e o secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), João Brant. Orlando trará suas impressões colhidas durante meses em que relatou o chamado PL das Fake News (PL 2630), que também apresentou propostas para sustentabilidade da atividade jornalística no Brasil.
Ex-ministro do Esporte e deputado federal nos governos de Lula 2 e Dilma 1, o deputado comunista se destaca na defesa de marcos regulatórios democráticos para o ambiente digital. Orlando tem sido uma das principais vozes na proteção do direito à informação e no enfrentamento à desordem informacional no país.
Já Brant, doutor em Ciência Política pela USP, tem longa atuação nas políticas de comunicação, cultura e direitos digitais. Foi secretário-executivo do Ministério da Cultura (2015–2016) e assessor especial da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, além de ter atuado em entidades da sociedade civil voltadas à liberdade de expressão e regulação do ambiente digital.
Com informações da Fenaj