A nova composição das Mesas Diretoras do Congresso Nacional escancara um descompasso entre a distribuição do eleitorado e a ocupação dos principais cargos legislativos. O Sudeste, que concentra 43% dos eleitores brasileiros, garantiu apenas 1 das 14 vagas titulares nos comandos da Câmara e do Senado. Enquanto isso, o Nordeste dominou as escolhas, ficando com 9 posições. Embora a distribuição geográfica não seja obrigatória, a falta de equilíbrio reforça distorções políticas e pode influenciar decisões estratégicas. Hugo Motta (foto/reprodução internet), Republicanos-PB, assumirá a Câmara, com a maioria de seus aliados do Norte e Nordeste. No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) vai liderar uma Mesa sem qualquer representante do Sudeste ou do Sul. Essa concentração regional pode afetar a formulação de políticas nacionais e distanciar ainda mais o Legislativo das demandas da maior parte do eleitorado. O poder legislativo deveria refletir melhor o Brasil real, em vez de ser moldado por interesses políticos e negociações partidárias que distorcem sua representatividade.