O crescimento foi de 3,3 pontos, na comparação com junho, segundo o FGV IBRE, que aponta o aumento da demanda como principal causa do resultado
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 3,3 pontos em julho, para 101,7 pontos, no quarto resultado positivo seguido. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,7 ponto, para 99,4 pontos.
“Pela quarta vez consecutiva, a confiança da indústria registra resultado positivo influenciado por uma forte melhora da situação atual. A percepção sobre a demanda segue avançando enquanto o nível de estoques melhora gradualmente”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Ao destacar o aumento da demanda como causa desse resultado positivo, o especialista reforça a visão do presidente Lula de que mais emprego e mais renda são fatores fundamentais para fazer a roda da economia girar.
“Além disso, maior parte das empresas sinalizam que não há dificuldades para aumentar a produção no momento. Em relação ao futuro, há uma perspectiva positiva relacionada ao ambiente de negócios para o fim do ano e ao ímpeto de contratações. No cenário macroeconômico, apesar da interrupção do ciclo de quedas na taxa de juros, os indicadores de trabalho e renda continuam positivos e contribuem com o otimismo disseminado entre os segmentos da indústria.” comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
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Em julho, houve alta da confiança em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete melhora nas avaliações tanto sobre a situação atual como nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 4,4 pontos, para 103,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,1 ponto, para 97,6 pontos. Ambos chegam ao maior patamar desde novembro de 2021.
Entre os quesitos integrantes do ISA, o que mais influenciou a alta no mês foi o que mede o nível de demanda, ao avançar 6,3 pontos, para 105,5 pontos, mesmo patamar observado em novembro de 2021 e quarta alta consecutiva no indicador. No mesmo sentido, a situação atual dos negócios subiu 4,2 pontos, para 101,6 pontos. Em menor magnitude, o nível de estoques melhorou 2,5 pontos no mês, para 96,2 pontos, melhor resultado desde março de 2022 (95,5 pontos).
Em relação às expectativas, houve melhora em todos os quesitos que compõem o índice de contratações e piora das perspectivas sobre à produção e na tendência dos negócios nos próximos seis meses. O indicador que mensura o ímpeto sobre as contratações avançou 3,9 pontos, para 102,1 pontos, exercendo maior influência na alta do índice. Em menor proporção os indicadores que medem a produção nos três meses e a tendência dos negócios nos seis meses seguintes subiram 0,8 e 1,6 ponto, para 97,4 e 99,6 pontos, respectivamente. Este último acumula crescimento de 11,7 pontos desde agosto de 2023.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) subiu 0,9 ponto percentual em julho, para 83,4%.
Mais confiança na indústria da construção
O FGV IBRE divulgou também o Índice de Confiança da Construção (ICST), que subiu 0,9 ponto em julho, para 97,3 pontos, maior nível desde fevereiro deste ano (97,6 pontos). Na média móvel trimestral, o índice avançou 0,7 ponto.
“A interrupção da queda da taxa Selic não afetou a confiança setorial e o segundo semestre inicia com a recuperação das expectativas empresariais em relação aos negócios e à demanda nos três segmentos setoriais – Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializados. Vale notar que embora a avaliação referente à situação corrente tenha ficado estacionada em um patamar de pessimismo moderado, o indicador de evolução recente segue registrando o melhor resultado desde novembro de 2022. Assim, a sondagem sinaliza que o setor se mantém aquecido e as empresas estão confiantes na continuidade do ciclo de crescimento pelos próximos meses,” observa Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
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A alta do ICST em julho foi influenciada exclusivamente pela melhora das perspectivas nos próximos meses, enquanto a avaliação sobre o momento corrente ficou estável. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) manteve estável, ficando em 95,5 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,8 ponto e atingiu 99,3 pontos.
Os componentes do ISA-CST variaram em direções contrárias: o indicador de situação atual dos negócios avançou 1,0 ponto, para 95,2 pontos, enquanto o indicador de volume de carteira de contrato recuou 1,1 ponto e foi para 95,7 pontos. No âmbito dos componentes do IE-CST, os dois indicadores subiram, sendo que o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceu 3,1 pontos, para 97,8 pontos, e, em menor proporção, o indicador de demanda prevista nos próximos três meses aumentou 0,5 ponto, para 100,8 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção cedeu 0,6 ponto percentual (p.p.), para 79,5%. O NUCIS de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos retraíram 0,7 e 0,3 p.p, para 80,8% e 74,1%.
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Da Redação, com informações do FGV IBRE