Dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o Índice de Confiança do Comercio (ICOM) apontam avanço de 3,7 pontos em novembro. Agora em 92,7 pontos, atinge sua maior pontuação desde abril, quando foi de 95,5.

Em médias móveis trimestrais, a alta verificada é de 1,2 ponto e chega a 90,6 pontos no período. Os indicadores atuais sugerem tendência de recuperação, depois de uma interrupção no mês anterior. A Sondagem indica, ainda, que as previsões apontam para uma menor redução nas vendas futuras, o que indica otimismo crescente entre os empresários do setor.

Confiança e otimismo

A Sondagem do Comercio de novembro coletou informações junto ao setor entre os dias 1º e 25 de novembro e revelou significativa alta da confiança, em cinco dos seis segmentos. A avaliação positiva sobre o momento atual é o principal fator para o otimismo. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 4,1 pontos e está em 94,9. É o maior desde abril (98,5 pontos).

Sobre a situação atual dos negócios, as avaliações variaram de maneira positiva, em 2,6 pontos, e atinge o total de 94,2, outra recuperação em relação ao mês anterior. O indicador que avalia o volume de demanda atual também avançou 5,7 pontos, e agora está com pontuação em 95,8. É o maior nível desde abril deste ano (99,1).

A economista do FGV-IBRE, Geórgia Veloso, destaca que “essa inversão nas expectativas está ligada ao aumento da confiança dos consumidores, fortalecida por um mercado de trabalho aquecido e uma melhora nos rendimentos observada em 2024”. Segundo ela “a confiança do comércio avança com variações positivas nos horizontes temporais avaliados pela Sondagem”.

Pesquisa CNC também aponta confiança do setor

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) também aponta crescimento da confiança e otimismo do setor, que subiu 1,4%, em novembro. É o segundo mês consecutivo, agora com índice de 113,5 pontos, na zona de satisfação, já que está acima dos 100. Segundo a CNC, os empresários do setor estão com expectativas positivas em relação à economia do país e ao desempenho das vendas.

O economista-chefe da Confederação, Felipe Tavares, destaca que “esse resultado é consistente com a percepção mais positiva dos consumidores sobre o futuro do mercado de trabalho”. Item da pesquisa, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também divulgado pela CNC, traz indicadores que justificam o otimismo do setor.

A pesquisa CNC observa, ainda, a situação específica dos bens duráveis, que abrange produtos de valores mais altos e, portanto, vulneráveis ao atual ciclo da alta da taxa de juros, uma das mais altas do mundo. Ainda assim, o otimismo em relação aos próximos meses “está motivando os comerciantes a investir mais”, diz Felipe Tavares.

Da Redação

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Last Update: 28/11/2024